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iPad; capítulo dois

Um ano depois de inaugurar o nicho dos tablets, iPad ganhará sua segunda versão nesta quarta-feira

Por Agências
Atualização:
 

Mais de um ano depois de lançar a febre dos tablets, a Apple se prepara para lançar a segunda versão do iPad nesta quarta-feira a partir das 10h no horário local (15h de Brasília) – possivelmente, sem o showman Steve Jobs.

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Muito mudou em 2010. O iPad criou uma nova categoria no mercado de computação e inspirou uma série de produtos semelhantes, que estão começando a chegar no mercado agora. Agora, com rivais como Motorola e Research in Motion (RIM) correndo atrás do prejuízo, a Apple também passa por uma transformação.

Houve tanta especulação se Steve Jobs subirá ou não ao palco em São Francisco quanto sobre o próprio novo dispositivo. O CEO normalmente lança novos produtos com um estilo que reflete a sua predileção pelo detalhe e pelo design. A Apple não fornece informações sobre o executivo, que sobreviveu a um câncer pancreático em 2008 e que está novamente de licença médica, aparecendo bem mais magro nas poucas fotos em que foi flagrado desde que deixou o seu cargo nas mãos de Tim Cook, que deve estrear na apresentação de um megaeventos da Apple. A outra opção é Phil Schiller, chefe de marketing da empresa.

Sua ausência disparará uma nova rodada de especulações sobre a sua condição, enquanto sua possível presença será dissecada igualmente na busca de indicadores do seu estado de saúde. Muitos no Vale do Silício ou em Wall Street duvidam que ele retornará ao comando da companhia que co-fundou em 1976.

 

Se for Cook o apresentador, investidores prestarão atenção particular.

Wall Street tem lidado bem com a liderança do novo executivo, o possível sucessor de Jobs no comando da Apple, mas o evento desta quarta-feira testará uma característica-chave para que ele se dê bem como o maestro da Apple: sua habilidade como showman.

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O momento em que tudo isso acontece também é particular, com o mercado de tablets se tornando mais competitivo. Apesar disso, a companhia não teme perder a liderança do nicho em curto termo.

Como será o novo iPad?

O novo modelo terá o mesmo tamanho de tela, 10 polegadas, mas será mais leve, mais fino e mais rápido, de acordo com o consenso de analistas e blogs de tecnologia. A Apple também deve incluir duas câmeras, uma na frente e outra atrás. Uma delas deve permitir videoconferências através do aplicativo Facetime. Acredita-se que o novo modelo também terá suporte a um chip para redes GSM e CDMA.

Ações de alguns fabricantes taiwaneses de componentes para a Apple subiram nesta quarta-feira no comércio asiático por causa do anúncio. A Genius Electronic Optical, que produz pedaços de câmera, e a Largan Precision, que faz lentes, são tidas como fornecedoras da Apple desde dezembro, mas não houve confirmação dos produtos que usarão suas peças.

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As ações da Genius subiram 5,2%, mas acabaram descendo mais 2,5% ao final do dia. Enquanto a Largan teve alta de 0,2%, a Hon Hai Precision, ligada à Foxconn, subiu 1,8%.

Mas fabricantes de componentes geralmente não sabem qual será a aparência de um novo produto, principalmente porque são responsáveis pela manufatura de apenas uma peça, não pela montagem.

O apetite dos consumidores de tablet é enorme, mas a Apple não cuida mais deste mercado sozinha. A Motorola acabou de lançar o bem resenhado Xoom, enquanto a RIM, que se dedicado ao mercado executivo do Blackberry, começará a vender o Playbook. Em breve, a HP também deve lançar o seu Touchpad. Companhias como a Samsung e a Dell já comercializam os seus tablets, mas nenhum deles parece ter feito sombra ao iPad, por enquanto.

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O dispositivo vendeu 15 milhões de unidades desde abril de 2010, quando chegou às lojas, três ou quatro vezes mais que os analistas haviam previsto. Sozinho, o tablet trouxe US$9 bilhões de lucro para a companhia. A previsão para 2011 é de pelo menos 30 milhões de iPads vendidos em um mercado que deve chegar a 50 milhões de unidades, se somadas todas as marcas.

/REUTERS

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