O espanhol Israel Meléndez nunca conseguiu usar o Twitter. Criou seu perfil @israel no início de 2007 e toda vez que postava algo recebia uma chuva de mensagens anti-semitas e anti-Israel como resposta. Os usuários do site acreditavam que seu perfil era na verdade o avatar do governo do país localizado no Oriente Médio. Israel, o espanhol, dono de um site pornográfico, achou a solução: vendeu agora seu perfil para Israel, o país.
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“Nós achávamos que faríamos um uso melhor que o dele”, disse Ygal Palmor, um porta-voz do governo israelense, ao New York Times. Palmor confirmou a compra (“não foi uma ação beneficente”), mas não quis revelar quanto pagou pelo perfil.
Meléndez mora em Miami, Estados Unidos. A negociação, iniciada por telefone, culminou em uma reunião no consulado de Israel na cidade. O perfil, ele diz, não irá fazer falta: “Minha conta era praticamente inutilizável, pois todos dia eu recebia milhares de mensagens de pessoas que achavam se tratar do perfil do Estado de Israel”, afirma o espanhol, que classificou de “adequada” a quantia que recebeu.
Tudo publicado no antigo perfil @israel foi deletado e agora o governo do país usa a página para twittar notícias, textos, fotos e reportagens sobre Israel, especialmente em relação ao terrorismo. Enquanto isso, o valor pago pela conta no Twitter continua um segredo de Estado.