Justiça da Suécia decreta prisão do fundador do Wikileaks

Julian Assange é acusado de crimes sexuais e não compareceu

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Por Agências
Atualização:

Um tribunal sueco decretou nesta quinta-feira, 18, a prisão de Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, por suspeita de estupro e outros crimes sexuais, acusações que ele nega.

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O advogado de Assange, Bjorn Hurtig, disse a jornalistas que espera que um mandato de prisão seja emitido depois da audiência ao seu cliente, que já visitou a Suécia no passado, e afirmou que irá apelar a decisão.

“Ele reafirma sua total inocência”, disse Hurtig.

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O advogado não quis responder onde está Assange, que é cidadão australiano.

“A razão para o meu pedido é que nós precisamos interrogá-lo. Até agora, nós não fomos capazes de encontrá-lo para interrogatório”, disse Marianne Ny, coordenadora do caso da promotoria sueca contra Assange.

Assange afirma que as acusações contra ele não têm fundamento e criticou o que ele chamou de um circo jurídico na Suécia, onde ele tenta construir uma base para se beneficiar das estritas leis de proteção ao jornalismo.

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Ele tem dito que foi alertado pela inteligência australiana antes das acusações de que ele poderia enfrentar uma campanha criada para abalar sua reputação.

Já Hurtig afirma não haver conspiração. “Acho que não, pelo menos não da CIA ou de qualquer grande organização”, disse a jornalistas.

O WikiLeaks causou ira no Pentágono pela divulgação de documentos relacionados às guerras dos Estados Unidos no Iraque e no Afeganistão.

No mais recente episódio, em outubro, o site divulgou cerca de 400 mil documentos sigilosos dos EUA sobre a guerra no Iraque. Segundo Assange, os documentos mostram mortes de mais de 15 mil civis iraquianos além do relatado oficialmente.

Em 4 de novembro, Assange afirmou que poderá buscar asilo político na Suíça.

/ Helena Soderpalm (REUTERS)

—- Leia mais:Promotora quer prisão de fundador do Wikileaks

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