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Livrarias independentes se aliam ao Google

Google planeja parceria com pequenas livrarias dos EUA para vender livros digitais

Por Agências
Atualização:

Livrarias independentes dos Estados Unidos estão descobrindo como florecer apesar do crescimento dos livros eletrônicos e algumas delas estão até se aliando a um competidor formidável, o Google.

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A Associação de Livrarias Independentes New Atlantic, que representa as livrarias no nordeste do país, afirma que o número de membros não tem passado de 300 lojas na última década. Fechamentos foram compensados pela abertura de novas lojas e pela adoção de novas estratégias de negócios por parte das existentes.

A livraria Idlewild de Nova York, especializada em guias turísticos, oferece aulas de francês e italiano, por exemplo. A Bookmith, de São Francisco, organiza eventos para amantes dos livros. E a Politics and Prose, de Washington, oferece 10 grupos de leitura toda semana.

A revista New York Magazine declarou que livrarias independentes estão crescendo em uma reportagem sobre 13 livrarias de Nova York novas e recém reformadas.

“Costumamos dizer que somos como Mark Twain: que os rumores sobre as nossa morte têm sido exagerados”, disse Oren Teicher, executivo chefe da Associação de Livrarias dos Estados Unidos (ABA, na sigla em inglês), um grupo da indústria que também representa as lojas independentes.

 

Recentemente a ABA chegou a um acordo com o Google Editions — a livraria digital do Google, que deve ser lançada no outono do Hemisfério Norte — que vai permitir aos seus 14 mil membros vender os livros digitais do Google em seus sites.

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“O Google Editions vai servir como uma livraria online, um atacadisca de livros digitais, uma plataforma para descobrir novos livros e um banco de dados online sobre livros digitais”, disse Jeannie Hornung, porta-voz do Google Books e News.

“Prevemos que o Google Editions vai ser um canal popular para que livrarias independentes tenham uma presença maior na web”, disse Hornung, acrescentando que o Google espera que centenas de livrarias façam parte do projeto.

O sucesso do acordo depende da vontade dos consumidores de comprar livros digitais em livrarias locais em vez de grandes revendedores como a Apple, a loja Barnes & Noble — maior rede de livrarias nos Estados Unidos, que se colocou à venda por causa da queda dos livros vendidos.

“Entrar para o negócio de vender conteúdo digital é uma forma de evoluir”, afirma Teicher.

Enquanto os detalhes da aliança com o Google ainda estão sendo resolvidos, donos de livrarias dizem que não existe contradição em uma comunidade de livrarias para vender livros digitais.

“Ouvimos dos nossos clientes um grande entusiasmo, que querem ler o livro físico em casa quando estão na cama à noite e querem ler o mesmo livro digital quando estiver no metrô”, disse Rachel Meier, gerente geral da Booksmith.

Tudo “local”

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Enquanto as vendas de livros estão caindo, especialistas na indústria dizem que a demanda por livrarias locais continua alta.

Donos de livrarias dizem que a indústria encontrou uma nova vida com o movimento “local”, que prefere alimentos produzidos localmente. A tendência trouxe de volta para as cidades as feiras de fazendeiros, pequenas cervejarias e fábricas de sabão artesanais.

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“As pessoas estão redescobrindo o valor de uma loja independente que está conectada com o seu bairro, entende os clientes e seus gostos”, diz Jessica Stockton Bugnolo, que abriu a livraria Greenlight este ano.

Bugnolo organiza eventos com escritores locais como Jhumpa Lahiri e Jonathan Lethem, e diz que criar uma intimidade com a comunidade é o melhor jeito de construir uma lealdade. Ela também entrou para a ABA para começar a vender livros no Google Editions.

“Livrarias ainda são essenciais para promover as histórias e, seja no papel ou no iPad, ainda queremos ajudar os leitores a encontrá-las”, disse Eileen Dengler, diretora executiva da associação New Atlantic. “Todo mundo quer fazer isso. É assim que vão fazer.”

Edith Honan (REUTERS)

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