Fundador do Megaupload sai da prisão, mas está impedido de acessar a internet
SÃO PAULO – Kim ‘Dotcom’ Schmitz está livre – mas impedido de acessar a internet. Após passar um mês na prisão, o fundador do Megaupload foi solto pela Justiça da Nova Zelândia depois de pagar fiança. Ele e outros funcionários do site de armazenamento de arquivos haviam sido presos pelo FBI em uma megaoperação policial em 20 de janeiro.
Dotcom, porém, não poderá se conectar nem sair de sua mansão. No total, sete executivos do Megaupload serão julgados e poderão ser deportados para os EUA. Segundo a Justiça americana, o Megaupload provocou prejuízo de US$ 500 milhões à indústria cultural.
O modelo de negócios de Dotcom lhe permitiu lucros de US$ 175 milhões. O processo, que vazou na internet, descreve alguns hábitos de trabalho da equipe do Megaupload. Eles roubaram, por exemplo, conteúdo do YouTube para disponibilizar para download. Diziam que o site tinha 180 milhões de membros, mas os EUA dizem que eram apenas 66 milhões. E, destes, apenas 5 milhões subiram arquivos próprios (que é o modelo de negócio que o site dizia ter).
A ação do FBI, porém, pode desencadear uma onda contra sites do tipo. “A grande verdade é que o caso Megaupload em nada tem a ver com direitos autorais ou com remunerar artistas”, diz o advogado Pedro Paranaguá, da FGV-Rio. “A grande questão é a tentativa de dar sobrevida ao ultrapassado modelo de negócios de Hollywood”, critica.
—-Leia mais: • Link no papel – 27/2/2012