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Longas reportagens online

Gadgetwise: O site Longreads vai na contramão dos textos curtos na web

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Por Redação
Atualização:
 

Por Sam Grobart

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Qualquer um que se dedique a escrever para a internet conhece a regra básica: seja breve. E a duração da atenção, assim nos dizem, vem caindo rapidamente.

Na contramão desse progresso, gritando “Chega!”, está o Longreads, um projeto criado por Mark Armstrong, que é também o chefe de conteúdo do site de finanças pessoais Bundle. A premissa do Longreads é coletar, organizar e supervisionar material jornalístico em formato longo para a leitura online. O projeto começou em abril de 2009 como uma hashtag no Twitter. Os usuários que encontravam artigos e matérias longos (1.500 palavras ou mais) podiam digitar #longreads à url do artigo e twettá-lo. Os seguidores de @longreads receberiam então um rio diário de  textos de ficção e não-ficção extensos  de revistas, jornais e  publicações online.

 

Na semana passada, o Longreads criou um site, longreads.com. Os visitantes do site podem ver os tweets mais recentes, bem como fazer buscas numa biblioteca de tweets antigos perfeitamente taggeados e categorizados. As duas variáveis principais são termo de busca e extensão da matéria. (O Longreads supõe que o leitor médio consegue ler 250 palavras por minuto). Interessado em tecnologia e tendo 45 minutos para gastar? O Longreads tem aquela  entrevista com Steve Jobs de 1995 para um projeto de história oral do Smithsonian. Extenso demais? Cansado de Steve Jobs? Então talvez esteja interessado naquele artigo de sete minutos da New York Magazine sobre The Anthology of Rap (a antologia do rap) da Yale University Press.

Armstrong tirou a ideia do Longreads quando ficou sem ter o que fazer no  percurso de metrô para ir e voltar do  trabalho. “Não tem Wi-Fi lá em baixo. E eu só tinha muitos e-mails antigos para ler”, disse. Ele se tornou um fã do Instapaper, o aplicativo de arquivamento rápido que permite que se reserve boas leituras para visão móvel offline,  mas nem isso serviu. “Fiquei sem ter o que ler”, disse Armstrong. Aí ele decidiu oferecer em rede sua lista de leitura, começando @longreads no Twitter e pedindo para as pessoas postarem os materiais mais substanciosos que estavam lendo e desfrutando na Web. Desde então, a conta Longreads no Twitter atraiu quase 9,200 seguidores.

Pela medida de Armstrong, o Longreads é um  perfeito complemento a serviços como Instapaper ou Flipboard, o aplicativo de iPad que é uma apresentação muito gráfica das inserções pessoais na rede social. A ideia é que o Longreads sirva como um motor de sugestão e descoberta que se encontra no Twitter ou no Flipboard e depois o  Instapaper seja o mecanismo para salvar esse artigo para mais tarde. “É uma espécie de curadoria perfeita para esses ambientes, disse Armstrong.

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