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Lumi: um olhar para fora da bolha

Testamos o serviço criado pelos fundadores do Last.fm que indica páginas que você provavelmente vai gostar

Por Tatiana Mello Dias
Atualização:

Testamos o serviço criado pelos fundadores do Last.fm que indica páginas que você provavelmente vai gostar

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SÃO PAULO – Se você acompanha discussões sobre internet e cultura digital, já deve ter ouvido falar do “bolha-filtro”. É uma expressão criada por Eli Pariser, autor de O Filtro Invisível (ou, no título original,The Filter Bubble), para definir como as empresas de internet como Facebook, Google, Amazon e Netflix nos aprisionam em nossas próprias bolhas de conteúdo. Elas sabem o tipo de conteúdo que visitamos, e seus sistemas de monitoramento e recomendação sugerem a nós apenas páginas e serviços que têm a ver com os nossos gostos. Resultado: ficamos menos sujeitos ao imprevisto, às opiniões diferentes, às novidades.

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Isso não me saiu da cabeça quando fui experimentar o Lumi. O site, criado por Felix Miller e Martin Stiksel (fundadores do Last.fm), se apresenta como um serviço para encontrar coisas interessantes. Se o Last.fm tinha um modelo interessante para recomendar novos sons com base nas músicas que você gostava, o Lumi funciona da mesma maneira: recomenda sites com base no seu histórico de navegação.

Só que o que ele mostra não é mais do mesmo. Ele me recomendou centenas de artigos que realmente tinham a ver com os meus interesses — mas não estavam nos sites que costumo frequentar.

O Lumi me sugeriu sites que eu nunca entrei e blogs desconhecidos, misturados à outros sites mais populares — a maioria relacionada à tecnologia, que é o assunto que mais acompanho. Ele me trouxe novidades que passariam longe do meu radar (que fica preso às publicações que eu costumo acompanhar).

Havia publicações de outros países, como Alemanha e Rússia, e também em outras línguas (além do inglês e do português). Conheci novos sites. Foto: Estadão

A interface é diferente, organizada em blocos coloridos, o que a torna especialmente boa de ler em dispositivos como tablets. É possível organizar as páginas por “coleções” e compartilhá-las nas redes sociais.

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Mas a maior diferença do Lumi, segundo os fundadores, é que ele não coleta dados pessoais. O Lumi encontra as páginas populares entre todos os resultados para assim sugerir um conteúdo que possa interessar ao usuário. O histórico de navegação coletado, segundo eles, é completamente anônimo.

O Lumi ainda está em fase beta — cabe aos usuários se cadastrarem em https://lumi.do para receberem um convite.

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