Mais sobre superexposição em fotos

Conselho de um fotógrafo sobre superexposição de luz em fotografias

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Por Redação Link
Atualização:

Na semana passada, postei algumas das melhores e mais divertidas dicas que aprendi numa aula particular de fotografia com um profissional. Uma delas em particular — a sugestão para submeter as fotos a uma superexposição e depois aprimorar a imagem no Photoshop, se for necessário — provocou uma reação particularmente veemente dos fotógrafos online. (Mais uma vez, na minha experiência, praticamente tudo atrai uma reação veemente dos fotógrafos online).

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Assim, o profissional em questão, Tom Bear, ofereceu-se para nos enviar um post esclarecendo a sua posição sobre o tema da superexposição. (Nesta discussão o termo histograma refere-se ao gráfico, visível no Photoshop ou na tela das câmeras avançadas, que mostra como luz e sombra estão distribuídas numa foto que você tirou).

Espero que vocês encontrem então, coisas interessantes como eu achei! Vamos lá, Tom…

Há muita discussão técnica interessante sobre o que ocorre com nossos pixels. É melhor que eles fiquem superexpostos ou subexpostos?

Pessoalmente, acho que a discussão deveria se direcionar mais no sentido da disposição ou da estética da imagem. Em algum momento ao longo do processo, aprendemos a examinar o histograma; se conseguir uma curva de Bell perfeita, foi o que você fez. De algum modo isso deve garantir uma boa imagem.

Mas, se você examinar muitas fotos famosas, seus histogramas com frequência não se ajustam a esta visão limitada. O que gostamos, nessas fotos, é a sensação que elas provocam, o que pode exigir ampliar partes mais destacadas ou perder alguns detalhes nas sombras. “Nunca perca o detalhe” , é o que sempre nos falam — mas veja fotógrafos famosos como Richard Avedon, Annie Leibovitz, ou um dos meus mentores, Andrew Eccles. Algumas das fotos de Andrew que eu gosto muito são de Adrien Brody, Hillary Clinton e Sofia Vergara (que você deveria ver algumas vezes). Examine os histogramas delas e as tonalidades da pele. Vai perceber que estão muito à direita, exceto a de Hillary. Claramente à esquerda.

Eu fotografo pessoas, de modo que prefiro, quando tento criar um look mais suave nas minhas fotos, empurrar os tons de pele para a direita cerca de 2/3 de um stop (medida de sobrexposição de luz). Isso ajuda a reduzir as imperfeições. Gosto também de uma imagem menos saturada. Sendo alguém que tem as bochechas rosadas  (obrigado, Papai e Mamãe!) — não gostaria de vê-las supersaturadas numa foto. Se eu tivesse a pele de Halle Berry, não seria problema. Quando se trata de retratos, prefiro menos detalhes no fundo, assim ele fica ou realmente claro ou realmente escuro.

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Mas o que eu gostaria mais de sublinhar para os fotógrafos amadores é isto: não deixe sua câmera mandar em você. Tente fotografar com exposições diferentes, mais luz, mais sombra, e não olhe seu histograma. Procure visar a estética daquilo para o qual está olhando.

Por exemplo, se está fotografando seus filhos e eles são bons meninos, prefira uma exposição com mais luz. Se são pequenas ameaças, tente uma mais escura. O interessante no caso da fotografia é que não existem regras estabelecidas. O que permite que o estilo pessoal se manifeste.

Acho que isto não responde às questões de todo mundo, mas espero que esclareça um pouco mais os meus métodos.

Obrigado.

- Tom

* Texto originalmente publicado em 21/03/2011.

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