MasterCard retira sanção contra WikiLeaks

Operadora teria dito que não tem mais interesse em manter restrição contra site que vazou documentos diplomáticos dos EUA

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Por Camilo Rocha
Atualização:

Operadora teria dito que não tem mais interesse em manter restrição contra site que vazou documentos diplomáticos dos EUA

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SÃO PAULO – O WikiLeaks anunciou que a operadora de cartão MasterCard não está mais entre as empresas que bloqueiam financeiramente o site. Companhias americanas como VISA, MasterCard, PayPal, Bank of America e Western Union pararam de processar doações para o site desde dezembro de 2010, em represália à publicação de documentos diplomáticos americanos.

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Segundo o comunicado publicado no Wikileaks, a mudança da MasterCard International foi notificada pela empresa VALITOR, parceira islandesa da VISA e MasterCard.

A mudança é resultado de um processo que corre há dois anos onde o WikiLeaks acionou a VALITOR por quebra de contrato e bloqueio de doações, seguindo determinações da VISA e MasterCard. A Suprema Corte da Islândia ordenou que a VALITOR reiniciasse o processamento de doações para o Wikileaks.

O comunicado do Wikileaks explica ainda que a VALITOR cumpriu a ordem, mas avisou na Justiça que iria encerrar unilateralmente o contrato em 1 de julho, revalidando o bloqueio. A empresa posteriormente mudou de ideia e decidiu não rescindir contrato com o Wikileaks.

A VALITOR teria dito que consultou a MasterCard e a VISA sobre a ideia de terminar o contrato, reinstituindo o bloqueio. A MasterCard teria respondido que não havia mais interesse no bloqueio ao Wikileaks. A VISA não se pronunciou.

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Correrá em separado um processo de reparação financeira em favor do Wikileaks (e da DataCell, empresa de armazenamento de dados) no valor de US$ 72,7 milhões).

A doação para o Wikileaks por MasterCard já está disponível para o público.

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