Menos estrutura e mais informação

Para a garantir a inovação no e-commerce, a ordem é arriscar, otimizar gastos e investir no relacionamento

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Por Tatiana Mello Dias
Atualização:
 Foto: Estadão

Acabou a era do vender. Começou a era do comprar. A avaliação é de Romeo Busarello, Diretor de Ambientes Digitais da Tecnisa. Ele falou durante a palestra o Futuro dos Pagamentos, que aconteceu na manhã desta quarta-feira, 13, em São Paulo.

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Nessa era do comprar, “a melhor maneira de encontrar o seu cliente é ser encontrado por ele”, diz Busarello. E isso não significa apenas estar bem cotado em ferramentas de buscas — sim, o Google ainda tem um papel importante — , mas é preciso facilitar toda a cadeia da compra e cativar o cliente. Afinal, tudo está disponível 24 horas, de domingo a domingo. “Todo mundo pensa em seduzir, mas poucos pensam em se relacionar”, disse ele, cuja empresa é considerada um modelo na relação com o cliente online.

A construtora Tecnisa foi uma das pioneiras a adotarem as vendas on-line para um segmento até então totalmente offline e conservador – a venda de imóveis. Hoje, são mais de quarenta corretores trabalhando exclusivamente em vendas on-line. “É uma mudança de mentalidade. Você tem que ter foco. A empresa tem que ser leve”, diz Busarello.

Ele exemplifica a tendência como a era em que a infra-estrutura dá lugar à informação. “Um cara que fica de cueca em casa pode ganhar até mais”, disse ele, levantando risos da plateia. “Hoje em dia, é possível começar com uma equipe pequena e uma ideia pequena”, explicou. Para ele, o segredo do sucesso no relacionamento com o cliente é o que chama de “MPQ”, ou “milhões de pequenas coisas”: a maneira como se relaciona com o cliente, a fonte utilizada nos e-mails de comunicação e outros detalhes que poderiam passar despercebidos, mas que fazem a diferença.

Otimização de recursos é outra palavra-chave. Ele citou como exemplo os serviços de aluguéis de eletrodomésticos, roupas e acessórios como uma forma de garantir mais eficiência. Ele também recomenda que não se economize com bons profissionais. Ter coragem e boas ideias para arriscar é importante, mas não é tudo. “Nenhuma ideia sensacional resiste a uma implementação fraca”.

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