Não basta ser 3D; filme tem que ser bom. E 'Era do Gelo 3' é

A estreia de “A Era do Gelo 3″, dirigido pelo brasileiro Carlos Saldanha, marca um recorde para o circuito 3D nacional. Cerca de 60 salas pelo Brasil exibem o filme no formato, desde sexta-feira, 26. E pensar que há um ano dava para contar nos dedos o número de salas adaptadas. A escalada é impressionante: até dezembro deve ultrapassar o total de 100.

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Por Redação
Atualização:

Assista um trecho de “Era do Gelo 3″ aqui. A partir desta quarta-feira, 1, além das cópias 3D, cerca de outras 600 salas “tradicionais” também exibem o filme no País.

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Apesar de tudo isso, o sucesso do novo 3D digital é bastante questionável. A única coisa que se pode concluir, até o momento, é que o público quer assistir filmes em salas que ofereçam essa tecnologia, e que até está disposto a pagar mais caro por isso – o que explica a corrida dos exibidores para se adaptar.

Até o momento, porém, não há nenhum sinal de que mais pessoas estão interessadas a ir ao cinema para ver filmes 3D do que para ver filmes 2D. Peguemos como exemplo as duas últimas animações originais da Dreamworks: “Kung-Fu Panda” e “Monstros vs. Alienígenas”. Enquanto, o primeiro, sem 3D, arrecadou mais de U$S 600 milhões em todo o mundo, o segundo, com 3D, pena para fazer U$S 400 milhões.

Em outras palavras, o exemplo da Dreamworks cristaliza o óbvio: não basta ser 3D, filme tem que ser é bom. Os números alcançados por “Monstros vs. Alienígenas” não são exatamente ruins. Mas a maior indicação de que o resultado ficou aquém do esperado está no fato de que a Dreamworks, estúdio sabidamente adepto das continuações, não planeja uma sequência da animação. “O 3D pode se revelar no futuro como só um momento, uma moda de agora”, pondera Carlos Saldanha.

E voltando a “Era do Gelo 3″, essa terceira parte é bem superior aos seus antecessores. Misturando ação e comédia – além de mais cenas com o esquilo neurótico Scrat, é claro -, o filme promete levar muita gente aos cinemas. Mesmo em circuito restrito, a animação foi vista no seu primeiro final de semana por mais de 150 mil pessoas no Brasil.

Mais informações no Estado de hoje (“Sucesso do novo 3D digital é bastante questionável“, p. D14).

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