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Imagem Silvio Meira

Silvio Meira

No futuro, talvez tudo venha a ser um jogo

Jogos digitais são mágicos e criam novos significados

05/05/2021 | 05h00

  •      

 Por Silvio Meira - O Estado de S.Paulo

Pokémon é uma das franquias mais lucrativas em games

Evelyn Hockstein/The Washington Post

Pokémon é uma das franquias mais lucrativas em games

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Cartas de Pokémon voltaram à moda na pandemia e os preços foram para a estratosfera. Uma Charizard holográfica, da primeira edição, vale dezenas de milhares de reais. O que Walter Benjamin diria disso? O filósofo escreveu que “mesmo na reprodução mais perfeita, falta uma coisa: o aqui e agora da obra de arte – sua existência única em um determinado lugar”. 

Pokémon, o jogo, completa 25 anos em 2021 e suas oito gerações venderam 360 milhões de unidades. Quando se consideram todas as facetas do negócio, de games a cartas e vídeos, Pokémon é o primeiro, com vendas globais de US$ 92 bilhões.

Estudo recente mostra que 2,7 bilhões de pessoas são gamers, um mercado global de US$ 300 bilhões por ano. Roblox é uma plataforma e sistema de criação de jogos online onde 54% dos 36,2 milhões de gamers têm 13 anos ou menos. Lá, 8 milhões de pessoas já criaram algum jogo e quase meio milhão delas comprou Robux, a moeda do lugar, em 2020, gerando US$1 bilhão de receita.

Mas “isso” é normal. O mercado de games não está somando, até agora, plataformas como Zed Run. Zed se descreve como “um aplicativo distribuído executado na rede Ethereum, usando contratos inteligentes para permitir que os usuários comprem, vendam, criem e corram puros-sangues digitais estatisticamente únicos”. Ou seja, um “cavalo”, em Zed, é um ERC-721 NFT, um bem digital infungível, um modo de negociar que é usado para “comprar” de tuítes a imagens digitais animadas.

Pois bem. Essa moda passou: 11 mil “animais” da primeira geração de 38 mil “cavalos” de Zed já foram vendidos. Um deles saiu por US$125 mil. Em Zed, a plataforma, você cria, compra, inscreve e assiste cavalos em corridas o tempo todo. Não é um jogo: é um jóquei clube num blockchain.

Mas o que é um jogo, afinal? Para Salen e Zimmerman, seguindo Huizinga, jogar é entrar num círculo mágico, um espaço delimitado para brincar, formalmente separado da vida cotidiana. Ao cruzar tal fronteira, gamers entram em um mundo alternativo, com suas próprias regras e onde ações e objetos adquirem novos significados. Uma definição problemática. O espaço e os cavalos de Zed têm suas próprias leis e regras, mas Zed “vaza” para o mundo e sofre a influência do ambiente externo. Senão, como aquele “cavalo” teria sido comprado por mais de US$ 100 mil?

Jogos digitais são mágicos. Criam novos significados e ressignificam o que, fora, é normal e lá, também. Com outras normas. A mágica dos jogos é não só a das redes de pessoas que eles criam, mas o enredamento das pessoas pelas redes dos jogos e a captura, pelas pessoas, dos jogos e suas redes. A ponto de, em algum lugar do futuro, talvez tudo venha a ser um jogo.

*É PROFESSOR EXTRAORDINÁRIO DA CESAR.SCHOOL, FUNDADOR E PRESIDENTE DO CONSELHO DO PORTO DIGITAL E CHIEF SCIENTIST NA TDS.COMPANY

    Tags:

  • Pokémon
  • Roblox
  • videogame

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