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No Google+; Obama critica censura na web

Presidente americano disse que é preciso chegar a um consenso entre Hollywood que não afete a integridade da internet

Por Agências
Atualização:

Presidente americano disse que é preciso chegar a um consenso entre Hollywood que não afete a integridade da internet

 

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WASHINGTON – Em um bate-papo virtual com eleitores realizado na segunda-feira, 30, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apresentou suas novas propostas econômicas e falou sobre os projetos de lei antipirataria, entre uma série de assuntos.

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Ao longo de 50 minutos, Obama respondeu perguntas dos cidadãos — cinco deles conectados ao vivo — na rede social Google+, passando de temas como economia e o auxílio financeiro ao Paquistão a questões mais pessoais como seu aniversário de casamento e sua técnica para dançar.

Sopa e Pipa. Perguntado se os projetos de lei Stop Online Piracy Act (Sopa) e Protect IP Act (Pipa) poderiam significar “censura na internet”, o presidente disse que é possível chegar numa solução que seja boa para Hollywood, sem “afetar a integridade fundamental da internet enquanto sistema aberto e transparente”.

“O que sugeri é que os dois lados — o lado do conteúdo e o lado do servidor — trabalhem juntos conosco para criar um sistema onde exista proteção.”

Outro participante quis saber do presidente porque ele estava “pessoalmente apoiando” a extradição do estudante inglês Richard O’Dywer para os EUA por crimes de direito autoral. O britânico é acusado de abrigar links para download ilegal de filmes em seu site TVShack.

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Obama respondeu que “não está fazendo nada pessoalmente”. Segundo ele, o presidente “não se envolve” em assuntos cotidianos de fiscalização da lei. E concluiu: “O que posso dizer é que queremos ter certeza de que a propriedade intelectual está protegida.”

Crise. Respondendo a questões sobre a crise, o líder americano avaliou que a economia está retomando sua força, mas “é preciso fazer mais para impulsioná-la”.

O formato ao vivo também abriu as portas para perguntas mais duras, como as de um sem-teto que pôs em dúvida a necessidade de ajudar financeiramente países como o Paquistão, cujos laços com os EUA esfriaram nos últimos tempos.

Obama indicou que as relações com o Paquistão ficaram mais tensas devido aos extremistas em seu território, mas assegurou que prosseguirá em suas tentativas de se aproximar destes países.

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O presidente ressaltou que a ajuda externa, que representa apenas 1% do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA, é necessária não só desde o ponto de vista moral, mas também de segurança nacional, para evitar que o radicalismo se estenda.

Em dos momentos mais insólitos do bate-papo, a participante Jennifer Weddel lamentou que seu marido, um engenheiro especialista em semicondutores, esteja desempregado há três anos enquanto estrangeiros recebem vistos para trabalhar neste setor.

Obama, que indicou que há uma enorme demanda de especialistas no setor, surpreendeu ao pedir a Jennifer que envie o currículo de seu marido.

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“Falo sério. Se me enviar o currículo, tentaria descobrir exatamente o que está acontecendo”, apontou.

Ao longo de seu mandato, o presidente americano usou as redes sociais e as novas tecnologias para tentar chegar a um maior número de cidadãos de maneira mais direta e informal.

Depois de ser questionado sobre seus planos para comemorar os 20 anos do casamento com Michelle e acerca de sua técnica para dançar, o fim do bate-papo transcorreu quase como uma conversa entre amigos.

Uma das eleitoras apresentou-lhe seus filhos, enquanto outro o convidou para uma partida de tênis.

Por fim, Obama voltou a pedir o currículo do engenheiro desempregado para analisá-lo pessoalmente.

/ EFE

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