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Nos EUA, a desinformação dentro do Facebook está mais forte do que em 2016

Estudo mostra que notícias falsas poderão desempenhar um papel ainda mais grave do que nas últimas eleições presidenciais

19/10/2020 | 05h00

  •      

 Por Davey Alba - The New York Times

As pessoas estão se engajando mais no Facebook hoje, com veículos de notícias que rotineiramente publicam informações incorretas do que antes da eleição de 2016

Josh Edelson/AFP

As pessoas estão se engajando mais no Facebook hoje, com veículos de notícias que rotineiramente publicam informações incorretas do que antes da eleição de 2016

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Durante as eleições presidenciais de 2016, agentes russos usaram Facebook, Instagram, Twitter e outras plataformas de redes sociais para dividir o eleitorado dos Estados Unidos. Desde então, as companhias de mídias sociais gastaram bilhões de dólares e contrataram dezenas de milhares de pessoas para ajudá-las a mudar o seu comportamento. Mas será que as plataformas se tornaram de fato mais sofisticadas ao lidar com a desinformação? Não necessariamente.

Hoje, há mais pessoas apreciando conteúdo de páginas que publicam desinformação do que antes da eleição de 2016, segundo novas pesquisas do German Marshall Fund Digital, braço digital do grupo de estudiosos de política pública. A organização, que tem uma parceria de dados com a startup NewsGuard e a empresa de análise NewsWhip, publicou suas conclusões na última segunda-feira, 12.

No total, as curtidas, os comentários e os artigos compartilhados do Facebook de fontes de notícias que regularmente publicam mentiras e conteúdo enganador praticamente triplicaram do terceiro trimestre de 2016 para o terceiro trimestre de 2020, mostrou o grupo.

Cerca de dois terços destas curtidas e comentários eram de artigos publicados por dez veículos, caracterizados pelos pesquisadores como “produtores de conteúdo falso” ou “manipuladores”. Entre estes novos veículos eles incluíram o Palmer Report e The Federalist, segundo a pesquisa. 

O grupo usou classificações do NewGuard, que elabora rankings de novos sites baseando em sua defesa nove princípios jornalísticos, ordenando-os entre os “produtores de falso conteúdo”, que costumam publicar conteúdo provavelmente falso, e “manipuladores”, que regularmente apresentam afirmações sem fundamento ou distorcem a informação para servir de argumento.

“Temos estes sites que se mascaram como novos veículos online. Eles têm esta permissão”, disse Karen Kornbluh, diretora da GMF Digital. “Isto está contaminando o nosso discurso, e afetando a saúde a longo prazo da democracia”.

O Facebook não respondeu à solicitação de um comentário da reportagem do New York Times. 

Kornbluh disse que, este ano, os usuários do Facebook preferiram artigos de todas as fontes de notícias porque a pandemia do coronavírus obrigou as pessoas a ficarem em quarentena em casa. Mas o crescimento das curtidas", compartilhamentos e comentários do conteúdo de manipuladores e produtores de conteúdo falso superou as interações dos usuários com o que os pesquisadores chamam de “veículos jornalísticos legítimos”, como Reuters, Associated Press e Bloomberg.

Segundo Kornbluh, as empresas de mídia social estão diante de um dilema porque os seus negócios dependem de conteúdo viral para atrair usuários, aos quais então podem mostrar anúncios. Para sufocar a desinformação, “basta ir contra os seus incentivos econômicos”, ela afirmou. / TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA

 

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