Novo serviço de música da Apple será ?social?

Além da oferta de músicas aos usuários online, serviço chamado 'Apple Music' permitirá que artistas criem páginas

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Por Redação Link
Atualização:

O novo serviço de streaming de música da Apple já tem nome, data para chegar e deverá funcionar como uma espécie de rede social, permitindo que artistas tenham suas próprias páginas, onde poderão publicar novidades sobre apresentações, faixas de áudio, vídeos e fotos.

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O recurso, chamado de Artist Activity (atividade do artista), permitirá a usuários dotados de conta na Apple comentar ou “curtir” publicações de seus ídolos, mas não poderão criar perfis na “rede”. A interface social deverá ser um dos maiores atrativos do serviço, que entrará para concorrer com Spotify, Google Play Music, Rdio e o recente Tidal, criado pelo rapper Jay-Z.

NEW YORK TIMES

 

Previsto para ser anunciado durante a conferência de desenvolvedoras da Apple (WWDC), em 8 de junho, o Apple Music, como será chamado, assume o corpo do serviço de streaming Beats Music. O serviço, lançado em janeiro de 2014 pelos veteranos produtores musicais e empresários Jimmy Iovine e Dr. Dre, foi comprado pela Apple em maio, há um ano, junto com a popular divisão de fones e acessórios da Beats, por US$ 3 bilhões (saiba mais em ‘Como a Beats se tornou uma startup bilionária’).

As últimas novidades sobre o serviço acabaram vazando junto com a versão beta (que a identifica sob testes) do novo sistema operacional móvel iOS 8.4, voltado para desenvolvedores.

A novidade não deve ficar limitada a usuários Apple. A empresa mostrou sinais de que não deve descartar a base de usuários conquistada pelo Beats Music na versão Android. Se assim for, o novo Apple Music será o primeiro aplicativo da Apple lançado na plataforma do Google – coisa que Tim Cook, ao contrário do antecessor Steve Jobs, não entende como algo negativo para sua marca.

Esforços

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Para viabilizar a chegada do novo serviço nesse concorrido mercado e garantir seu sucesso, a Apple estaria colocando o Apple Music no foco da empresa, envolvendo-o com outros produtos e serviços. A sua nova aposta estaria sendo desenvolvido de forma bem amarrada com as novas versões do iOS (iPhone e iPad) e OS X (Macs).

Além disso, é previsto que durante a conferência a Apple anuncie a incorporação do serviço à Apple TV – dispositivo que ligado à TV oferece canais de esporte, notícia, além de serviços de streaming de séries e filmes, como Netflix, HBO Now e YouTube.

Além disso, o Apple Music permitirá que usuários do Beats Music – serviço ainda disponível no Brasil – importem todo seu conteúdo, como perfis e listas de reprodução. A integração com o iTunes – reprodutor e organizador de músicas padrão nos dispositivos Apple –, no entanto, não deverá resultar no fim dos serviços de rádio online (iTunes Radio) e o de nuvem (iTunes Match).

Preço

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Outra frente na ofensiva da Apple deve ser o preço da assinatura a ser cobrado pelo serviço de streaming de música. Enquanto os concorrentes – e o Beats Music – atualmente cobram US$ 10 mensais ou US$ 100 anuais dos assinantes, a Apple pode seguir a estratégia adotada pelo Google que, durante o lançamento do seu Play Music, entrou oferecendo US$ 8 – valor que subiu para os conhecidos US$ 10 posteriormente. Mas, como faz o resto do mercado, é possível que a Apple ofereça, ainda que de forma limitada, uma versão gratuita.

Reguladores ficam de olho em investida da Apple na música

O serviço da Apple oferecerá uma série de músicas que poderão ser executadas online pelos usuários. Para isso, é necessário que, onde for operar, tenha acordos selados com as gigantes detentoras dos direitos de reprodução dessas obras.

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Esse ponto é que tem preocupado reguladores na Comissão Europeia que temem que a empresa use de seu tamanho para tornar a competição desleal no meio. Ao que parece, não se trata de uma suspeita sem fundamento.

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Em abril, a Bloomberg publicou que diversos artistas, entre eles as populares Florence and the Machine e Taylor Swift – que abandonou o Spotify após demonstrar não ver o modelo como sustentável para ela como artista – haviam sido contatados pela Apple, que estaria interessada em fechar acordos de exclusividade para seu serviço.

Segundo o site The Verge, o Departamento de Justiça e a Comissão de Comércio Federal (FTC) nos EUA também estariam “acompanhando de perto” as movimentações da Apple no mercado de música, que teria já tentando convencer gravadoras a deixarem de oferecer músicas para os canais gratuitos do Spotify e YouTube.

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