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O novo é ser velho

Designers holandeses criam celular que só serve para falar

Por Murilo Roncolato
Atualização:

Este ano foi áureo para o desenvolvimento de tecnologias voltadas para celulares. De tempo em tempo os aparelhos móveis vão ganhando novas funcionalidades, indo desde o básico SMS até telas 3D que não exigem óculos. Na contramão da indústria, uma agência de publicidade holandesa criou um celular que, no máximo, faz e recebe chamadas. E só.

Os designers da John Doe (que significa algo não conhecido, quase um “João ninguém” ou “fulano”) tiveram a ideia de criar o telefone pensando em um público velho, infantil, tecnófobos ou apenas pessoas que sobrevivem sem tecnologias sofisticadas, amantes do isolamento, da natureza e da família. (Ok, não é para tanto também).

 Foto: Newsteam

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Eles quiseram criar um telefone “sem frescuras” e sem “recursos desnecessários, como uma câmera, mensagens de texto e uma infinidade de toques”, disse Diedriekje Bok, um dos criadores, ao Daily Mail.

O aparelho possui apenas a parte frontal com os botões com números, um em verde para ligar e atender chamadas e um em vermelho para encerrá-las. Além de um botão On-Off, um que ajusta a campainha para tocar ou não e uma entrada para o SIM card.

 Foto: Newsteam

Mas e a agenda? Não tem sincronização com a conta do Google? Nem do Outlook? Amantes do passado, vibrem de alegria, pois os holandeses foram além (ou aquém) e acoplaram uma agenda física, de papel mesmo, com uma canetinha na parte de trás do John’s Phone – como foi apelidado.

O telefone possui um manual de apenas uma página e uma bateria que, segundo seus fabricantes, seguraria vivo o celular e suas complexas funcionalidades por três semanas com uma única sessão de carregamento. O ponto mais sofisticado do aparelho é que ele tem uma tecnologia que permite gravar até 10 números para discagem rápida.

 Foto: Newsteam

“O John’s Phone é para quando o resto do mundo não importa”, explica Bok. Sua criação está a venda por £67 libras ou R$184 reais.

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