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O preço de ser pop

A popularização dos aplicativos carrega um cavalo de Tróia: a era dos vírus no celular

Por Filipe Serrano
Atualização:
 

A preocupação com vírus e programas que roubam informações pessoais não está mais restrita aos computadores. Na semana passada, o Skype foi obrigado a corrigir às pressas uma falha do seu aplicativo para Android que abria uma brecha para que outros aplicativos acessassem informações pessoais dos usuários armazenadas no celular, como nome completo, telefone e o saldo na conta do Skype.

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O caso aumenta a discussão sobre a segurança no sistema cada vez mais popular criado pelo Google. No mês passado, o Google foi obrigado a retirar 50 aplicativos da Android Market – a loja de aplicativos dos seus celulares – que estavam infectados por um malware (software que pode causar dano ou roubar informações). No ano passado, foram vendidos 67,2 milhões celulares Android no mundo, de acordo com o Gartner.

Segundo um levantamento da empresa de segurança Kaspersky publicado no mês passado, o número de programas maliciosos para celular cresceu 65,12% em 2010. Embora a maioria deles (97%) tenha como alvo os celulares mais simples e outros sistemas, como Windows Mobile e Symbian, já há programas que podem infectar smartphones Android e até iPhones.

“Infelizmente os criminosos terão cada vez mais razões para desenvolver formas de roubar dados dos celulares. As pessoas têm usado o telefone para guardar informações importantes e isso não vai mudar”, afirma Sergey Nevstruev, vice-presidente de soluções móveis da Kaspersky Lab.

Para ele, o Android, por ser mais aberto, também é mais vulnerável do que o sistema usado no iPhone e no iPad, mas, quem faz o desbloqueio dos aparelhos (jailbreak) fica ainda mais sujeito a aplicativos infectados. “E qualquer um pode perder o telefone ou ser roubado, o que não impede de os dados no celular serem usados por alguém mal intencionado”, diz.

De acordo com a empresa, no Brasil ainda existem criminosos que enviam mensagens de texto falsas oferecendo prêmios e pedem um pagamento pela “entrega” que nunca chega.

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