PUBLICIDADE

Objetos se tornam vulneráveis a invasões

Na internet, há relatos de violações de hackers a sistemas de lâmpadas, babás eletrônicas e TVs conectadas

Por Ligia Aguilhar
Atualização:

Na internet, há relatos de violações de hackers a sistemas de lâmpadas, babás eletrônicas e TVs conectadas

SÃO PAULO – A ideia de conectar todos os objetos à internet traz conveniência, mas também preocupação. Se hoje não há garantias de privacidade e segurança na internet comum, o cenário fica ainda mais delicado quando se fala em internet das coisas.

 
 

PUBLICIDADE

Recentemente, foi noticiado o caso de um proprietário de uma smartTV da LG nos EUA, que descobriu que o aparelho continuava coletando dados sobre seus hábitos como espectador mesmo após desativar a opção que permitia isso. A empresa admitiu a falha dias depois.

No Brasil, o consultor de TI Wellington Uemura passou por situação parecida com uma smart TV da Sony. Após bloquear as configurações que permitem o compartilhamento de dados e desligar a TV, percebeu que o acesso à internet em seu modem se intensificou. O sistema de segurança (“firewall”) acusou uma atividade anormal vindo do aparelho. “Os dados estavam criptografados e eu não consegui identificar do que se tratavam, mas provavelmente a TV estava enviando dados sobre a minha atividade”, diz Uemura, que ainda aguarda solução da fabricante.

Procurada pelo Link, a Sony Brasil informou que, devido à complexidade da questão, está averiguando o assunto junto às áreas de desenvolvimento de produto e tecnologia no Japão e que cumpre as obrigações impostas pela legislação vigente.

“Essa ultraconectividade gera riscos à privacidade. Seria importante criar regulamentação”, diz o estrategista de segurança da Symantec, André Carraretto.

A Intel Brasil e a FAPESP anunciaram no fim de novembro uma chamada para projetos de pesquisa em segurança para novos dispositivos para a internet das coisas. “Os dispositivos conectados vão se multiplicar. Temos que nos antecipar aos desafios que eles vão nos apresentar”, diz Max Leite, diretor de inovação da Intel Brasil.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.