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Oito anos de prisão por roubar código de banco

Ex-programador do banco Goldman Sachs foi sentenciado a 8 anos de prisão por roubar código usado em transações

Por Agências
Atualização:

Um antigo programador de computadores do banco Goldman Sachs foi sentenciado a oito anos de prisão pelo roubo de um valioso código secreto usado no sistema de transações de alta frequência da instituição de Wall Street.

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Sergey Aleynikov foi detido pelo FBI e acusado em julho de 2009 de copiar e remover códigos operacionais do Goldman Sachs, antes de assumir um novo posto na Teza Technologies, uma empresa iniciante de operações de alta frequência, sediada em Chicago.

Aleynikov, 41 anos, foi condenado em 10 de dezembro por roubo de segredos comerciais e transporte de mercadoria roubada entre diferentes estados norte-americanos, ao final de um julgamento de duas semanas de duração em um tribunal federal em Manhattan.

As chamadas transações de alta frequência, operações de mercados realizadas por computadores, se tornaram um negócio importante e competitivo. Os códigos de software que orientam as transações de ações em prazo de alguns milésimos de segundo são segredos fortemente protegidos.

“Lamento muito a tolice que cometi ao baixar informações”, disse Aleynikov, nascido na Rússia e pai de três crianças, em sua audiência de sentenciamento, na sexta-feira. “Parte dessas informações eram propriedade sigilosa do Goldman Sachs. Jamais quis causar danos ao banco ou qualquer de seus funcionários.”

A declaração de Aleynikov não chegou a satisfazer a esperança expressa pela juíza de primeira instância Denise Cotes, no sentido de que ele “declarasse aberta e honestamente sua responsabilidade” por sua conduta criminosa.

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“Não foi o que o senhor fez”, disse Cote ao impor uma sentença de 97 meses de prisão, que se enquadrava à solicitação de entre oito e 10 anos apresentada pela promotoria. Cote também impôs uma multa de US$ 12,5 mil ao réu.

Kevin Marino, o advogado de Aleynikov, havia originalmente solicitado uma sentença de prisão acompanhada de efeito suspensivo, mas sexta-feira no tribunal ele argumentou que dois anos de prisão seriam adequados para o que definiu como “erro tolo, trágico, horrível e ridículo” de Aleynikov.

/ Grant McCool (REUTERS)

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