As operadoras de telecomunicações mal conseguem conter seu entusiasmo sobre a disparada no uso de dados por aparelhos móveis, mas ao mesmo tempo ainda estão tentando descobrir como ganhar dinheiro com isso.
Ao mesmo tempo, elas não querem se ver relegadas ao papel de “encanamento” ou arcar sozinhas com o custo do investimento em redes, enquanto fornecedores de serviços e aplicações, como o Google e a Apple, colhem os benefícios.
“A questão realmente importante para todos é descobrir o modelo de negócios certo”, disse o especialista em telecomunicações da Ernst & Young, Holger Forst, durante o Mobile World Congress, o maior evento mundial da telefonia móvel.
Embora ninguém se queixe do uso mais pesado de dados, a falta de claridade quanto ao investimento nas redes e plataformas necessárias a transformar esse crescimento em lucro está assustando os investidores.
“A incerteza é grande, e a comunidade de investimento está completamente petrificada quanto ao setor… Não entende de que maneira deve incorporar o crescimento às suas avaliações de preços”, disse o presidente-executivo da Vimpelcom, Alexander Izosimov.
Recente estudo da Cisco previu que o tráfego de dados em redes móveis crescerá em 26 vezes até 2015. E as receitas das operadoras de telefonia móvel, especialmente nos mercados desenvolvidos, mal estão crescendo.
Mas as operadoras ainda não definiram seus passos futuros.
“É difícil superestimar o impacto dos dados em redes móveis”, disse o presidente-executivo do Vodafone Group, Vittorio Colao, reconhecendo que “o desafio é desenvolver o modelo que torne o negócio lucrativo”.
A operadora de telefonia móvel britânica está dando aos serviços de dados posição central em sua reestruturação estratégica.
/ Nicola Leske (REUTERS)