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Orkut na puberdade

Quem tem 18 anos hoje passou toda a adolescência na rede social mais popular do Brasil. Mas o avanço do Facebook preocupa?

29/08/2010 | 18h00

  •      

 Por Filipe Serrano - O Estado de S. Paulo

O Orkut chega aos seis anos de idade em 2010 e, para uma geração inteira de jovens que completa agora 18 anos, o perfil na rede social acompanhou toda a adolescência. Foi nos depoimentos, nos perfis de amigos, nas comunidades e nos álbuns de fotos que ficaram marcadas as memórias boas e ruins, as amizades novas e desfeitas, as intrigas e risadas dos últimos anos.

“Eu ficava no mínimo quatro horas por dia atualizando o Orkut toda hora e esperando alguém responder”, recorda Danielle Tenis, de 18 anos, quatro deles de Orkut e os últimos dois de Facebook. Hoje, com o dia ocupado pelo cursinho e pelas horas de estudo se preparando para o vestibular, ela passa só 15 minutos por dia principalmente “para ver as fotos dos amigos e mandar algum recado do tipo ‘me liga’ ou ‘vamos sair hoje?”, conta. “Às vezes passo uns dois dias sem entrar, aí fico (no Orkut) um pouco mais.”

Assim como ela, 9,4 milhões de visitantes do Orkut têm entre 15 e 24 anos e formam a segunda maior faixa etária da rede social (31% dos brasileiros que visitaram o site em julho). Os jovens adultos entre 25 e 34 anos (32,7%) são a primeira, segundo a consultoria ComScore.

São esses jovens que fizeram do Orkut uma das principais, mais antigas e mais populares redes sociais do mundo e transformaram o Brasil em um dos países com mais experiência em redes sociais. Quase quatro em cada cinco brasileiros com acesso a internet entram no site todo mês, a maior penetração de uma rede social no mundo.

“O Orkut no Brasil virou um case de internet”, afirma Alex Banks, gerente geral da ComScore Brasil e vice-presidente para a América Latina da consultoria. “Ele já era muito usado na época do Friendster e do MySpace nos EUA, que perderam popularidade.” E ainda assim manteve a forte posição por aqui.

Concorrência. A rede social criada em 2004 pelo Google passou de 22,7 milhões de visitantes únicos há um ano para 30,3 milhões em julho. No mesmo período o Facebook cresceu 524%: de 1,3 milhões de visitantes para 8,3 milhões – um quinto dos usuários de internet no País.

Os orkuteiros também são mais ativos do que os usuários brasileiros no Facebook: visitam mais de 37 vezes a rede social em um mês e passam cerca de cinco horas conectados à rede social. Enquanto que os do Facebook não acessam nem sete vezes seu perfil e ficam pouco mais de meia hora no site criado por Mark Zuckerberg também em 2004.Uma possível explicação é que, proporcionalmente, mais adultos usam o Facebook do que o Orkut no País. E adultos, ao contrário de adolescentes, não têm tempo de ficar navegando.

Quase 4 entre 10 brasileiros na rede social têm mais de 35 anos. No Orkut, eles não chegam a um terço (31,6%). É simples. O Facebook é mais internacional e são os adultos que podem viajar mais. No trabalho, também entram em contato com mais estrangeiros, que já têm perfil. Sem contar que quando Zuckerberg criou o site, apenas universitários podiam acessar.

Ao contrário do Orkut, o Facebook não está crescendo apenas a partir dos adolescentes, mas também pelos adultos.“Quando entrei no Facebook, neste ano, minha mãe já tinha perfil”, conta Luisa Secco, de 18 anos, há cinco no Orkut. No início, poucos amigos acessavam a rede, mas hoje ela já prefere usar os aplicativos, testes de personalidade e a janela de bate papo em seu perfil do que “perder tempo no Orkut”. “Lembro que na oitava série juntava uns amigos e a gente ficava trocando scrap no perfil de uma menina, só batendo papo”, conta.

Para a psicóloga Luciana Ruffo, do Núcleo de Pesquisas da Psicologia em Informática da PUC-SP, as redes sociais ocupam um espaço perdido na vida dos adolescentes. “Nas cidades grandes as pessoas se afastam mais, a rede social faz você ficar mais próximo dos outros, parte de uma comunidade.”

Leia também:

Amigos, amigos…

Personal Nerd: O país do Orkut

    Tags:

  • Facebook
  • Orkut

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