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Paquistão suspende vídeo contra Maomé

Primeiro-ministro suspendeu o site de vídeos do país após Google ter se negado a retirar vídeo sobre Maomé

Por Redação Link
Atualização:

Primeiro-ministro suspendeu o site de vídeos do país após Google ter se negado a retirar vídeo sobre Maomé

SÃO PAULO – O primeiro-ministro paquistanês, Raja Pervez Ashraf, ordenou a suspensão do YouTube no País nessa segunda-feira, 16. A medida veio após a empresa ter se negado a retirar o vídeo “Inocência dos Muçulmanos” do ar. A obra, atribuída ao cristão copta egípcio-americano Nakoula Basseley Nakoula, retrata o profeta Maomé como um pedófilo assassino e vem gerando uma onda de manifestações antiamericanas em Países muçulmanos.

 

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O governo Paquistanês suspendeu o serviço de vídeos da internet horas após a polícia entrar em conflito com manifestantes que se dirigiam ao consulado americano. A multidão de cerca de 100 pessoas atirou pedras contra os policiais, que atiraram ao ar com o intuito de dispersá-la. Manifestantes em carros e motos também acompanhavam o protesto.

Segundo o escritório do primeiro-ministro Pervez Ashraf, “o material blasfemo não será tolerado e os serviços do YouTube permanecerão suspensos até sua retirada”.

Autocensura do Google

Embora não tenha retirado o acesso ao vídeo no Paquistão, o Google, proprietário do YouTube, já o havia feito em Países como Egito e Líbia.

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A ação é atípica da empresa, que suspende conteúdos do ar geralmente após ordens judiciais ou violação de seus termos de serviço. A “Electronic Frontier Foundation” (EFF), que trabalha em defesa da liberdade na internet, afirmou que a autocensura poderia ser um primeiro passo de uma autocensura do Youtube. Jillian York, diretor do programa internacional de liberdade de expressão da EFF afirma que o Google poderia passar a “censurar proativamente seu conteúdo” a partir de seu próprio policiamento moral e não de salvaguardas universais.

A decisão do YouTube é apontada como um possível desenrolar de um pedido do governo americano para que revisasse o vídeo para se assegurar de que ele está “de acordo com os seus termos de serviço”, no que analistas encararam como uma forma de pressão.

Órgãos dos EUA no exterior têm sido visados por manifestantes contrários ao vídeo. Além de atritos em Países como Paquistão, Afeganistão e Iêmen, o embaixador Jay Christopher Stevens e mais quatro diplomatas americanos foram mortos num ataque a tiros e granadas no dia 13, em Benghazi, na Líbia. Em ataque a embaixada americana na Tunísia, na sexta-feira, 14, dois morreram e 29 ficaram feridos.

/Com informações da Reuters

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