Parlamento argentino convoca representantes de Cambridge Analytica e Facebook

Representantes legais das empresas devem prestar contas sobre possível participação em uma suposta manipulação de dados de usuários e em um ataque virtual

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Por Redação
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BUENOS AIRES – Uma comissão do parlamento da Argentina convocou representantes da Cambridge Analytica, do Twitter e do Facebook para que deem informações sobre uma suposta manipulação de dados de usuários de redes sociais e ataques virtuais a jornalistas, informaram nesta quarta-feira, 26, fontes parlamentares à agência de notícias EFE.

Os representantes legais na Argentina destas empresas foram convocados para o próximo dia 5 de abril pelo deputado kirchnerista Leopoldo Moreau em sua condição de titular da Comissão de Liberdade de Expressão da Câmara dos Deputados.

Facebook está na mira dos órgãos reguladores pelo mundo por escândalo de uso ilícito de dados pela Cambridge Analytica Foto: Dado Ruvic/Reuters

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Segundo explicou Moreau, a Cambridge Analytica, o Facebook e o Twitter devem prestar contas sobre sua possível participação em uma suposta manipulação de dados de usuários de redes sociais e em um "ataque" virtual que, segundo um relatório da delegação local da Anistia Internacional, afetou oito jornalistas argentinos.

No primeiro caso, o foco está posto no escândalo internacional revelado este mês pelo suposto vazamento em massa de dados de milhões de usuários do Facebook que teria sido realizado pela companhia britânica Cambridge Analytica para influenciar em processos eleitorais em diferentes países, incluindo a Argentina.+ Caso do Facebook mostra que dados pessoais de brasileiros estão 'expostos'+ Entenda por que o Facebook está na mira da regulação nos EUA e na Europa Por sua vez, os "ataques" a jornalistas se referem a manobras denunciadas pela Anistia para desqualificar, agredir ou intimidar profissionais através de mensagens no Twitter originadas de contas automatizadas e "trolls".

"A utilização dos denominados trolls e de outras formas anônimas contra jornalistas constitui uma severa limitação ao exercício da liberdade de expressão e a intimidação busca a autocensura", opinou Moreau. //EFE

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