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Paypal no Brasil

Maior empresa de transferências digitais abre escritório no País

Por Rafael Cabral
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Os consumidores brasileiros gastaram R$ 6,7 bilhões em compras na internet no primeiro semestre do ano, segundo a consultoria eBit. É um crescimento significativo, 40% a mais em relação ao mesmo período do ano passado. Por esse e outros motivos, o maior banco digital do mundo, o PayPal, decidiu se instalar por aqui de vez. Nesta semana, a empresa anuncia a abertura do seu escritório no Brasil e passa a aceitar transferências com cartões de crédito nacionais.

Desde o final do ano passado o site já admite pagamentos em real e transfere para os bancos daqui, mas agora decidiu ampliar a sua atuação.

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Apesar de já existirem serviços similares, como o PagSeguro (do UOL) e o Pagamento Digital (do Buscapé), mais de dois milhões de brasileiros já usavam o serviço norte-americano para comprar produtos importados, movimentando mais de R$ 220 milhões no ano passado.

“Queremos mudar a forma do brasileiro pagar na internet”, diz Mario Mello (foto), presidente da empresa no País. No mundo, já mudou – 18% dos norte-americanos dizem estar na internet apenas por causa da ferramenta, que simplifica o enfadonho processo de comprar online e não pede nem que você digite o número do seu cartão de crédito.

Funcionando como um intermediário entre os bancos e as lojas e apostando no usuário comum, o PayPal hoje é responsável por 15% das vendas eletrônicas mundiais.

Comprado pelo eBay em 2002 por US$ 1,5 bilhão, o site conseguiu se expandir por todo o mundo apostando em segurança e rapidez, e é isso que espera agora fazer no Brasil.

“Nós viabilizamos que pequenos comércios façam negócios online. Lá fora, é comum que as pessoas comprem de sites menores, nos quais talvez nem confiariam, se o pagamento for via PayPal. Temos um estudo que mostra que o faturamento das lojas aumenta de 12% a 16%”, explica Mello, que já trabalhou nos bancos ABN Real e Safra e agora partiu para a web.

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“No final do ano passado, abrimos parte do nosso código e criamos um projeto para engajar os desenvolvedores a pensar o futuro do pagamento”, conta Mello.

Do começo do projeto até março, 15 mil aplicativos já haviam sido criados e mais de US$ 15 milhões escorrido por eles.

A variedade das ideias colocadas em prática é impressionante: vai de um serviço que permite trocas de pequenas quantias pelo Twitter, passa por outro que transfere via Facebook e vai até um adesivo que, colado no celular, permite que ele sirva de cartão de crédito ao simplesmente se aproximar da máquina de cobrança.

Microdinheiro

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De olho em facilitar pequenas compras de bens digitais, como arquivos de MP3, aplicativos ou um status melhor em um game social, o PayPal aposta no Digital Goods, serviço de micropagamentos criado por desenvolvedores independentes que deve ser lançado oficialmente até o final deste ano. A informação é do presidente da companhia, Scott Thompson.

A empresa, que já transferia quantias pequenas cobrando taxas reduzidas, agora quer um sistema que facilite a integração com outras plataformas – caso do Facebook, por exemplo.

Se hoje os bancos cobram uma tarifa por cada transferência, a ferramenta acumularia várias delas e só as passaria para o sistema bancário quando atingissem uma quantia maior, o que diminuiria o valor final para o consumidor. Várias empresas andam pensando na melhor maneira de entrar no mercado de micropagamentos, que promete explodir nos próximos anos. O Google trabalha no Newspass, um sistema de microcobranças de conteúdo para sites de revistas e jornais.

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Já o Flattr, do ex-Pirate Bay Peter Sunde, usa os centavos doados pela comunidade para remunerar artistas e criadores.

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