Cerca de 25% dos trabalhadores do setor de tecnologia nos Estados Unidos disseram ter sentido discriminação no ambiente de trabalho em uma pesquisa divulgada na terça-feira, 7, pelo site de empregos Indeed.com.
Conduzido em dezembro, o levantamento feito com 1.002 funcionários da indústria norte-americana de tecnologia descobriu que 24% dos entrevistados disseram ter sofrido discriminação nas empresas em que atuavam por raça, gênero, religião ou orientação sexual.
A pesquisa nacional foi realizada online pela consultoria Censuswide, que convidou os participantes por meio de uma newsletter online. Foi o primeiro levantamento do tipo feito pela Indeed.
Aproximadamente 29% dos entrevistados do sexo feminino responderam ter sentido algum tipo de discriminação, ante 21% entre os homens. Cerca de 32% dos funcionários asiáticos ou não brancos disseram ter sido discriminados, contra 22% entre os brancos.
A pesquisa não forneceu detalhes em relação à natureza da discriminação.
"Esses resultados devem ser vistos como um alerta para a indústria de que simplesmente se esforçar para contratar talentos diversos não é suficiente: cultura e atitude precisam ser abordadas", disse Raj Mukherjee, vice-presidente sênior de produtos da Indeed.
Nos últimos três anos, a Alphabet, holding do Google, o Facebook, a Apple e outras gigantes de tecnologia divulgaram dados demográficos sobre seu quadro de funcionários, estratégias ajustadas de recrutamento e ofereceram treinamento sobre preconceito inconsciente.
Mukherjee acrescentou que as empresas devem se esforçar mais para incluir os atuais empregados em sua iniciativa de diversificação, já que 57% dos entrevistados na pesquisa disseram não saber quais ações suas empresas estariam adotando para tratar do problema.
Outros 25% afirmaram não acreditar que a empresa estivesse fazendo algo a respeito.