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Pesquisadores transformam celulares em microscópios

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Por Redação
Atualização:

Pesquisadores da Universidade Berkeley mostraram, em abril de 2009, um sistema revolucionário de lentes que transforma virtualmente qualquer aparelho portátil, de telefones celulares com câmera a netbooks, em microscópios com poder de ampliação de 5x a 50x.

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O dispositivo, que conjuga lentes com filtros ópticos, transforma dispositivos equipados com câmera digital de 3 megapixels em microscópio. Denominado CellScope, o aparelho consegue inclusive detectar patógenos visualizáveis apenas com o uso de mtarcadores fluorescentes, como os parasitas que causam malária e a bactéria que causa tuberculose.

A primeira versão do aparelho funcionava exatamente como um microscópio clássico, com qualquer fonte de luz convencional. A nova versão também funciona com amostras fluorescentes. Um led adicional, que emite um comprimento de onda de 460 nanômetros, permite que o aparelho enxergue os marcadores fluorescentes.

Um software de tratamento e análise de imagem auxilia o médico na identificação das patologias mapeáveis. No modo de menor ampliação, o CellScope também serve para ajudar no diagnósticos de melanomas e até lepra.

O objetivo do projeto é disseminar o uso da microscopia clínica em locais de baixa renda. Além de portátil, o aparelho tem custo reduzido. Mesmo sem especialistas no local, é possível enviar as imagens para grandes centros médicos em todo o planeta, para análise.

Como a maioria dos países emergentes não conta com grandes centros de referência em todo o território mas possui ampla cobertura da rede celular, o CellScope pode revolucionar o atendimento médico em regiões carentes ou afastadas.

Confira um dos primeiros vídeos do projeto, feito pela revista americana Popular Science.

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Como investidores do projeto, estão Microsoft Research, Center for Information Technology Research in the Interest of Society (CITRIS), PATH, Intel e Vodafone Americas Foundation.

Ainda não há previsão de preço ou disponibilidade do CellScope.

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