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Pin ups: conheça o Pinterest

Site cria um mural de fotos online e deixou o mundo digital em polvorosa ao alcançar 10 milhões de acessos por mês

Por Carla Peralva
Atualização:

Site cria um mural de fotos online e deixou o mundo digital em polvorosa ao alcançar 10 milhões de acessos por mês 

 

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O Pinterest é um mural para fotos online. Vários murais, quantos cada pessoa quiser criar: receitas, peças que podem ser feitas em casa, ideias de design, roupas e acessórios, belas paisagens, penteados, fotos de ambientes incrivelmente bem decorados. Em uma rede dominada por mulheres, esses são os temas mais recorrentes.

Funciona assim: uma vez feito o login e instalado um plugin no navegador, cada vez que o usuário se deparar com uma imagem bonita ou interessante pela internet, basta “piná-la”, ou seja, salvá-la em um de seus murais. Tudo fica lá para consulta posterior.

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Considerado um dos 50 melhores sites de 2011 pela revista Time, o Pinterest foi o serviço online que mais rapidamente atingiu 10 milhões de acessos únicos por mês nos EUA, de acordo com a comScore – foram menos de 2 anos, de seu lançamento em março de 2010 até janeiro deste ano, quando chegou a 11,7 milhões de acessos únicos mensais.

O serviço também possui diversos aspectos sociais: todos os murais são obrigatoriamente públicos, pode-se criar quadros colaborativos (bons para planejar um evento em grupo, por exemplo), conta com uma boa integração com Facebook e Twitter e é possível seguir pessoas e assuntos. No entanto, seu principal atrativo parece ser o caráter de “arquivo pessoal de inspirações e vontades”. David Pogue, colunista do New York Times, atribui parte do sucesso do site ao fato de ele dar um tempo naquilo que ele considera “as metas usuais das redes sociais: autoabsorção, autodocumentação e autopromoção”.

Semil Shah, consultor do Vale do Silício, elenca outros fatores para o sucesso do site: ênfase da imagem sobre o texto, visual clean e retrô, fácil usabilidade e, principalmente, o fato do Pinterest ter “aproveitado uma potencial mudança do comportamento de consumidor para um comportamento de compra”.

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Segundo ele, a etapa final do processo de compra está bem servida com serviços como Google Shopping e Amazon, onde o consumidor digita o que ele quer comprar e encontra boas ofertas. O que ainda está carente é “a parte de cima do funil” que resultará na compra de um produto específico, o momento em que o usuário ainda não sabe ao certo qual produto ele quer, ainda está buscando ideias e novidades. Shah acredita que o Pinterest pode ajudar o consumidor nesse processo de escolha, pois mistura indicações sociais com imagens inspiradoras.

Para o consultor, o grande trunfo do site virá quando ele direcionar fotos de produtos para sites de e-commerce e conseguir lucrar com isso, monetizar seu banco de imagens. Segundo Josh Davis, analista de mídias sociais, o Pinterest já está fazendo isso. Em um texto publicado em seu blog pessoal, que ganhou dimensão depois de ser comentado no New York Times, Davis diz que o site modifica os links de algumas imagens que já redirecionavam os usuários para sites de compras para poder ganhar uma comissão sobre a transação comercial.

Sem estratégia de negócios definida, o Pinterest diz apenas que gerar lucro não é prioridade no momento (o site foi criado e ainda é mantido com dinheiro de investidores externos) e que pode incluir publicidade em seu serviço no futuro. Mas fica claro que o site já entendeu o potencial que tem de aliar o caráter de “mural de inspirações” ao de “catálogo de desejos”.

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—-Leia mais:Link no papel – 27/2/2012Se for pirata, a culpa é do usuário• Os três: vício, reforço de estereótipos ou baú de sonhos?

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