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Polícia hondurenha prende ativista do Software Livre

Por Rafael Cabral
Atualização:

Os protestos de hondurenhos contrários ao golpe de Estado do último domingo, que depôs o presidente Manuel Zelaya, continuam tomando as ruas do país. Na última terça-feira, a polícia prendeu mais sete pessoas na cidade de El Progreso, sendo uma delas o ativista do Software Livre Carlos Bueso, de 18 anos.

Bueso na busca do TwitterHashtag de #Honduras

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Ele participava de um ato contrário ao governo interino instaurado em 28 de junho, retratado no vídeo abaixo, quando a polícia começou a dispersar os manifestantes com tiros para o ar e bombas de gás lacrimogêneo:

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Carlos é membro da Comunidade do Software Livre na América Central e edita a revista Vida Laboral e o site Honduras Laboral. A informação de sua prisão foi rapidamente alastrada pelo Twitter e, na sua esteira, vieram manifestações de repúdio ao governo autoritário comandado por Enrique Ortez, ministro das Relações Exteriores que assumiu o poder após o golpe.

Alguns tweets dizem que ele já teria sido inocentado da acusação de insubordinação e solto, mas a notícia ainda não é oficial.

 Foto:

A Organização dos Estados Americanos (OEA) deu um prazo de até 72 horas para que Zelaya retorne ao poder e, se não o fizer, o país será banido do grupo. Já o governo interino afirma que, se ele botar os pés em Honduras, será imediatamente preso.

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Atualizado às 18:50:

A costa-riquenha Erika Valverde, companheira de Carlos na Comunidade do Software Livre na América Central, confirmou ao Link que ele já foi solto, mas que ainda está sob observação das autoridades locais do departamento de Yoro, que estariam “perseguindo sistematicamente líderes de organizações sociais”.

“Nós não sabíamos o que fazer para soltá-lo. Escrevemos para Anistia Internacional, mas não obtivemos resposta. Agora fiquei sabendo que ele está livre, mas que as autoridades ainda estão de olho nele”, afirmou ela, por e-mail.

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