Por dentro do Facebook

Livro de jornalista da 'Fortune' fala sobre a história e o impacto do Facebook e traça perfil de Zuckerberg

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Por Carla Peralva
Atualização:

Contar o que se passa por dentro da empresa que está conectando o mundo, o Facebook. É isso que promete o livro de David Kirkpatrick, editor de tecnologia e internet da revista Fortune que escreve sobre o assunto desde 1991. The Facebook Effect (‘O Efeito Facebook’, em tradução livre) será lançado em 8 de junho nos Estados Unidos e no segundo semestre em outros países, mas ainda não há previsão para o lançamento em português.

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A proposta é falar da história e do impacto do Facebook e traçar um perfil de seu fundador, Mark Zuckerberg — descrito como um jovem maduro e com grande espírito empreendedor. Kirkpatrick contou com a ajuda de executivos da própria rede social para escrever o livro, o que deve dar a ele um caráter mais oficial e menos polemista.

O autor afirma que a falta de privacidade da rede social é, sim, um problema, mas alerta que a questão é muito mais complicada do que se costuma discutir: Zuckerberg realmente acha que o mundo está indo em direção à transparência de dados, do compartilhamento quase absoluto de informações, “o padrão é público”, nas palavras do CEO. A discussão deve ser, então,  sobre a concepção de privacidade que ele está aplicando em sua rede social, a maior do mundo com quase meio bilhão de usuários.

Zuckerberg, que completa 26 anos neste ano, tem total controle sobre sua empresa, de acordo com Kirkpatrick. O jornalista conta que é impressionante ver uma companhia do porte do Facebook ser completamente controlada por uma única pessoa. Todas as mudanças, parcerias e atualizações passam por ele antes de irem ao ar.

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O site All Facebook destaca um dos trechos polêmicos do livro. Ele diz respeito à sugestão de que o Facebook teria a capacidade de predizer quando um namoro está prestes a começar ou a terminar. Kirkpatrick escreve que Zuckerberg gostava de fazer experiências com a análise de padrões de conversas e de relacionamentos. Com isso, ele conseguia “dizer com aproximadamente 33% de precisão com quem um usuário iria começar uma relação dentro de uma semana”, diz um o trecho do livro. “Para deduzir  isso, ele estudava quem estava olhando quais perfis, de quem seus amigos eram amigos e quem estava recentemente solteiro, entre outros indicadores.”

O importante dessa passagem do livro, ainda segundo o site, não é saber da curiosidade de Zuckerberg sobre a vida alheia, mas é ter a certeza que o Facebook possui informações valiosas sobre seu comportamento na rede e tem capacidade de acompanhar o modo como você se comunica na rede social para determinar o que será exibido “Top news” da dua timeline, o que ele já faz hoje, e, até mesmo, predizer o futuro de seu relacionamento.

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