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Por trás do Project Ara; o 'celular de montar' do Google

Vídeo mostra equipe que conta até com engenheiro de empresa de impressão 3D; versão básica do celular pode ser lançada no ano que vem, por US$ 50

Por Murilo Roncolato
Atualização:
 

SÃO PAULO – O Google e o Phonebloks fizeram um vídeo para mostrar quem são as pessoas responsáveis pelo desenvolvimento do celular “de montar”. O projeto fez muito sucesso na internet, o que o levou a ganhar o apoio da Motorola – então uma empresa do Google –, que tocava um projeto semelhante chamado Ara. No vídeo, a equipe de técnicos mostra a solução baseada em magnetismo para trocar as peças do aparelho – como bateria, câmera ou processador.

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Apresentar as pessoas da ATAP, a divisão responsável por projetos de “tecnologia avançado e projetos”, que está por trás do Ara, serve para evidenciar quantas áreas estão se unindo para tornar uma ideia boa – um celular constituído por módulos, partes que possam ser substituídas quando ultrapassadas ou danificadas, tornando os dispositivos menos descartáveis – em realidade.

A dupla de engenheiros Seth Newburg e Ara Knaian (o projeto já se chamava Ara antes de Knaian se juntar ao time) foram chamados da agência NK Labs com a função de juntar as peças e criar um protótipo apresentável. Outro forte aliado é Jeff Blank, vice-presidente de engenharia da 3D Systems, uma das mais importantes empresas de impressão 3D. Como se trata de um projeto “ajustável”, contar com um exército de máquinas que imprimem qualquer coisa, a partir de variados materiais, independente do seu formato, é, no mínimo, vantajoso.

 

O time criou celulares em três tamanhos, sendo que no chamado “endoesqueleto” do menor cabem até 10 módulos, ou seja, as partes do celular que assumem agora o formato de pequenos blocos encaixáveis e ficarão expostos. Uma opção do chefe de design do ATAP, Daniel Makoski.

“Por fim decidimos que a estética do bloco e do módulo fazia parte do celular, então não vamos escondê-los nem deixá-los embaixo da carcaça”, disse. “Esse aparelho pode fluir e se adaptar assim como nós fluimos e nos adaptamos, e isso por si é estético.”

O Google afirmou que pretende lançar uma versão básica do dispositivo, somente com Wi-Fi, por US$ 50 até o ano que vem. Como o aparelho pode alterar sua configuração de hardware, os seus consumidores poderão ir “melhorando” o celular conforme o Google for colocando os novos elementos no mercado.

O Google ainda prepara um conferência voltada para desenvolvedores do Project, que será realizada nos próximos dias 15 e 16 de abril.

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