Precisamos ajudar as gravadoras"; diz Lobão"
21/01/2009 | 21h24
Por Rodrigo Martins - O Estado de S. Paulo
Em meio à festa de cultura livre, onde muito se baixa e muito se sobe também, o cantor Lobão contrariou na Campus Party o discurso de liberdade e defendeu que baixar músicas é uma forma de “lesar os artistas”. Ele mesmo diz que baixa. “Mas é como uma vitrine. Baixo para conhecer o trabalho. Se gosto, compro o disco. Se não gosto, deleto.” E mais: defendeu que é preciso ajudar a decadente indústria musical.
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Lobão, que tempos atrás comprou briga com as gravadoras, tornou-se independente e voltou a assinar com uma major, disse que a internet até pode ajudar os artistas. “Mas só para serem conhecidos. Depois, eles precisam assinar com uma gravadora. Falar em morte das gravadoras está fora de moda. Precisamos é ajudá-las a se manter, para termos um sistema profissional. Tocar música em novela, rádio e ter jabá é importante para o artista fazer sucesso. Se você não quiser tocar no Faustão, o Calypso vai querer.”
Segundo ele, depois de aparecer na internet, manter-se independente e distribuindo músicas na internet é “suicídio” para o artista. “Ser independente é como estar na segunda divisão, na zona de acesso. A partir do momento em que se faz sucesso, é preciso subir para a primeira divisão, o mainstream.” E a cantora Mallu Magalhães, por exemplo, não está conseguindo sucesso mesmo sem assinar com nenhuma major?, perguntou a platéia. “Sim. Mas ela deveria aceitar. Ela tem talento, mas precisa de uma plataforma profissional”, aconselhou.
Abaixo, nosso “repórter por um dia”, o locutor do Link na Rádio Eldorado, Fábio Lima, troca uma idéia, em vídeo, com o Lobão:
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