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?Prefiro levar startups brasileiras para o Vale do Silício?

Integrante de uma das principais aceleradoras dos EUA, Bedy Yang diz que mercado brasileiro está em desenvolvimento

Por Ligia Aguilhar
Atualização:

LOGIN | Bedy Yang, investidora e parceira da aceleradora 500 Startups

 

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SÃO PAULO – Filha de chineses, a brasileira Bedy Yang, de 35 anos, foi para os EUA em 2003 para estudar a relação entre Brasil e China. Acabou no Vale do Silício, onde se envolveu com o mercado de startups e se tornou parceira da aceleradora 500 Startups. Ela também está à frente da Brazil Innovators e intermedeia a relação entre investidores americanos e empreendedores brasileiros.

Por que as aceleradoras ganharam mercado? Quando você compara as oportunidades e a infraestrutura existentes para negócios digitais no passado, era tudo muito caro. Hoje, a infraestrutura está na nuvem e o custo de criar uma empresa é pequeno. Isso gerou oportunidades e tornou barato e acessível a qualquer pessoa testar, criar e distribuir um produto.

Que impacto as aceleradoras tiveram no Vale do Silício? As empresas começaram a ter maior chance de sucesso, porque em vez captarem US$ 500 mil para ter sucesso, hoje podem captar US$ 50 mil e testar o negócio na aceleradora.

No Brasil, há uma queixa de que a participação cobrada pelas aceleradoras é alta. Concorda? Até uns 10% de participação está ok. Mais do que isso começa a doer. O fundador tem que ter entre 80% e 90% da empresa no início ou ficará limitado futuramente. A aceleradora precisa pensar se prefere ter 20% em cima de nada ou 5% em cima de algo muito grande.

Outra queixa é a falta de mentores qualificados… Os empreendedores estão certos. É difícil achar palestrante para eventos sobre startups no Brasil porque tem pouca gente experiente. Hoje, prefiro levar as empresas brasileiras para o Vale do Silício. Mas é positivo que as aceleradoras estejam tentando criar uma rede de mentores no País.

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