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Programador é indiciado por invadir banco de dados da Telefônica

O programador Vinicius Camacho Pinto, conhecido na rede como Vinicius K-Max, de 28 anos, foi indiciado nesta quarta pela Polícia Civil de SP pelo crime de divulgação de segredos qualificado. A pena é de 1 a 4 anos de prisão. No fim da tarde de quarta, agentes do DEIC cumpriram um mandado de busca e apreensão na casa do programador, e apreenderam desktops, latops, CDs, pendrive e um celular, de acordo com Camacho.

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Por Redação
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A assessoria de imprensa do DEIC informou que Camacho teria invadido o sistema de cadastro da Telefônica, acessado dados pessoais de clientes e disponibilizado as informações a quem estivesse interessado.

 Foto: Estadão

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O programador afirma que explorou uma falha já existente no banco de dados da Telefônica, e que não expôs os dados dos clientes. “Num mundo justo, a Telefônica é que deveria estar sendo processada por manter uma falha que permitiria que alguém acessasse os dados dos clientes”, disse. Camacho afirma que foi um mal necessário, afinal a falha já existia e ele apenas a expôs. “Não fiz por maldade, ou senão não teria procurado a imprensa. No sistema que eu criei para comprovar a falha, os dados dos clientes eram suprimidos, e curiosamente isso está sendo omitido no processo”, diz o programador, que na ocasião da descoberta procurou a reportagem do Link para informar sobre a falha.

Camacho afirma também que acredita que prestou um serviço para a Telefônica e seus clientes. “Eles estão invertendo os papéis, dizendo que eu fiz para prejudicar, e eu fiz para beneficiar”, reclamou. Ele disse não ter entrado em contato com a Telefônica antes de procurar a imprensa porque não sabia como fazer isso. “Encontrar a pessoa que resolveria o problema levaria mais tempo do que provar que a falha existia. E eu sabia que se fosse direto à imprensa, o problema estaria resolvido no dia seguinte, o que era meu objetivo e aconteceu”, afirmou.

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