Promotora quer prisão de fundador do Wikileaks

O pedido foi feito pois Julian Assange não foi encontrado para prestar depoimentos à Justiça da Suécia

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Por Agências
Atualização:
 

Uma promotora da Suécia pediu nesta quinta-feira, 18, que Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, seja preso por suspeita de estupro, acusação que ele nega fortemente.

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A promotoria sueca começou uma investigação sobre acusações de estupro contra Assange, um cidadão australiano, em setembro. O gabinete da promotoria informou em comunicado que decidiu pedir a prisão de Assange sob suspeita de estupro, abuso sexual e coerção ilegal.

“A razão para o meu pedido é que nós precisamos interrogá-lo. Até agora, nós não fomos capazes de encontrá-lo para interrogatório”, disse Marianne Ny, coordenadora do caso da promotoria sueca contra Assange.

Se o pedido for aceito, autoridades podem emitir um mandato internacional de prisão de Assange, afirmou uma porta-voz da promotoria.

Assange afirma que as acusações contra ele não têm fundamento e criticou o que ele chamou de um circo jurídico na Suécia, onde ele tenta construir uma base para se beneficiar das estritas leis de proteção ao jornalismo.

Ele tem dito que foi alertado pela inteligência australiana antes das acusações de que ele poderia enfrentar uma campanha criada para abalar sua reputação.

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O WikiLeaks causou ira no Pentágono pela divulgação de documentos relacionados às guerras dos Estados Unidos no Iraque e no Afeganistão.

No mais recente episódio, em outubro, o site divulgou cerca de 400 mil documentos sigilosos dos EUA sobre a guerra no Iraque. Segundo Assange, os documentos mostram mortes de mais de 15 mil civis iraquianos além do relatado oficialmente.

Em 4 de novembro, Assange afirmou que poderá buscar asilo político na Suíça.

/ Helena Soderpalm (REUTERS)

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