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Quando Michael Jackson 'salvou' a indústria da música...

…ou se hoje o ‘inimigo’ é a internet, ontem era a fita cassete

02/07/2009 | 14h15

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Quando nem Michael Jackson pode salvar a indústria

Flickr

Reprodução - www.flickr.com

No final da década de 70, início dos anos 80, foi a vez de uma outra tecnologia, a fita cassete – acredite –, ser apontada como “culpada” pela retração nas vendas. Em 1981, quando as vendas despencaram 11,4% (e havia rumores de que no ano seguinte a queda seria ainda maior), os grandes selos afirmaram que o seu ponto de vista havia sido, enfim, comprovado.

Mesmo antes, entretanto, a indústria musical já se esforçava para estigmatizar a prática crescente de se gravar músicas em fita cassete. O auge dessas ações se deu com uma vasta campanha de publicidade que incluía o uso de uma caveira em forma de fita cassete e a frase: “A gravação caseira está matando a música. E isto é ilegal”. Leia mais sobre essa campanha aqui e veja paródias aqui e aqui.

Como um estudo da Cap Gemini Ernst & Young, de 2003, afirmou, “em vez de tirar proveito dessa tecnologia nova e popular, as gravadoras lutaram contra ela”. Quer dizer, se hoje o “inimigo” é a internet, na época era a fita cassete. Entretanto, para muitos analistas a queda nas vendas era em grande parte resultado da estagnação criativa dos principais selos.

Disco mais vendido da história

Foi em meio a esse período de crise que, em novembro de 1982, Michael Jackson lançou seu álbum “Thriller”, que se tornou um sucesso instantâneo e até hoje desfruta do título de disco mais vendido da história, com cerca de 100 milhões de cópias. O principal segredo de Jackson para driblar a crise estava em uma nova ferramenta de divulgação que então emergia com a recém nascida MTV e que ele soube usar como ninguém, o videoclipe.

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O álbum “Thriller” é considerado o primeiro que usou de forma consciente essa nova mídia de promoção. Na verdade, Michael transformou os videoclipes, que antes eram vídeos meio toscos, em superproduções feitas por diretores famosos. Para (re)ver outros clipes do rei do pop acesse a sua página oficial no YouTube aqui.

Graças à repercussão dos vídeos de Michael, a MTV que era uma pequena emissora de televisão a cabo se tornou muito popular. E, por sua vez, o sucesso da MTV foi fundamental para que a indústria fonográfica tivesse uma retomada recorde nos anos que se seguiram. Assim, o argumento da indústria rapidamente se esvaziou e o congresso norte-americano não chegou a aprovar qualquer restrição do uso das fitas cassete.

Logo, não demorou até que boa parte dos artistas copiasse Jackson e também fizessem clipes mais elaborados. Até hoje, os videoclipes são uma das principais ferramentas de divulgação de um artista de uma grande gravadora. Não por acaso, entre vídeos engraçadinhos e Susan Boyle, os clipes de artistas populares, como Rihanna, Lady Gaga, Britney Spears, aparecem frequentemente entre os vídeos mais vistos do YouTube.

Leia também:

Era do disco morre com Michael Jackson

Estudo da Cap Gemini Ernst & Young, de 2003 – A evolução tecnológica e a crise no modelo de negócio da indústria da música (em inglês)

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