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Quase um trilhão de dólares

Mercado de produtos eletrônicos pode movimentar US$ 964 bilhões em 2011, diz analista da CES

Por Tatiana Mello Dias
Atualização:

“A missão da CES é promover inovação”, diz Gary Shapiro, CEO da Consumers Eletronics Association, empresa por trás da maior feira de tecnologia do mundo. É fato: o que acontece nessa semana em Las Vegas vai ditar as maneiras como o mundo consome tecnologia em 2011. Para Shapiro, é a “inovação que promove a economia”. “A inovação é nossa melhor estratégia para resolver os desafios da economia global”, disse em entrevista coletiva nesta quinta-feira, 6.

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E o mercado está para peixe. Em 2009 a indústria faturou US$ 170 bilhões. Estima-se que em 2010 o setor ganhou US$ 175 bilhões e, em 2011, o valor voltará aos patamares recordes de 2008, com lucro de US$ 186 bilhões, segundo Shapiro. Steve Koening, analista de mercado da CES, diz que, neste ano, o setor de eletrônicos de consumo deve atingir um novo patamar e o valor girado por este mercado, no planeta, deve chegar a US$ 964 bilhões. “Poderemos chegar à marca de um trilhão, disse Koening, que frisou que as duas tendências neste crescimento são os smartphones e os tablets.

A televisão perdeu o posto de eletrônico de consumo número um, explica o analista, que diz que a vez agora é dos celulares e computadores pessoais – categoria que inclui os tablets – são os responsáveis por animar os setores de eletrônicos. Foram vendidos 10 milhões de tablets em 2010, e Koening estima um ‘crescimento robusto’ em 2011.”Os tablets terão um papel importante durante a CES”, analisa.

Em relação aos televisores, a principal novidade é a queda no preço. Se nos anos anteriores o que se viu foi uma enxurrada de lançamentos suntuosos – como telas LED caríssimas e teelvisores 3D -, agora o setor está derrubando os preços para popularizar os produtos. A demanda caiu, a concorrência aumentou e o resultado é uma queda nos preços em torno de 10%. Para Koening, o que opode frear a queda na venda são os televisores 3D de segunda geração, mais baratos, e também as televisões conectadas com programação sob demanda.

Praticamente todas as fabricantes apresentaram modelos nessas duas categorias. A Sony, por exemplo, fez da sua Google TV – que ainda não alavancou – a principal atração de seu estande na CES.

Além das grandes marcas, a CES da gaba de dar espaço à pequenas empresas- há desde fabricantes de periféricos às chinesas que criam eletrônicos genéricos. Mas o fato é que a economia está, sim, girando. Basta andar pelos corredores e ver a quantidade de compradores questionando, perguntando e, claro, comprando. Munidos de crachás amarelos, são eles as verdadeiras estrelas da festa.

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