Link Estadão

 
  •  inovação
  •  cultura digital
  •  gadgets
  •  empresas
  •  games
formulário de busca

'Queremos garantir a chance de escolher'

Durante o Fórum de Software Livre, executivo da Mozilla fala ao 'Link' sobre a estreia do seu modelo aberto no mobile

25/07/2012 | 21h49

  •      

 Por Murilo Roncolato - O Estado de S. Paulo

Durante o Fórum do Software Livre, executivo da Mozilla fala ao ‘Link’ sobre a estreia do seu modelo aberto no mobile

PORTO ALEGRE – “Queremos garantir que as pessoas tenham a chance de escolher”. É assim que Harvey James Anderson, vice-presidente de Negócios da Mozilla Corporation define seu objetivo profissional. Nesta quarta-feira, 25, no 13º Fórum Internacional de Software Livre (Fisl), o representante da organização sem fins lucrativos responsável pelo navegador Firefox discursou sobre os conflitos que estão à espera de quem, assim como a Mozilla, defende o modelo aberto para tecnologia.

O executivo e ativista Harvey Anderson veio ao Brasil para a 13ª edição do Fisl. FOTO: Reprodução/Instagram LinkEstadao

—-

• Siga o ‘Link’ no Twitter, no Facebook, no Google+ no Tumblr e também no Instagram

Para entender o que significa um modelo aberto de tecnologia, conheça o caso da própria Mozilla. Dela, saíram produtos digitais bem populares: o Firefox, browser concorrente do Internet Explorer e do Chrome – dono de quase 25% desse mercado; e o Thunderbird, software que concorre principalmente com o Outlook, da Microsoft, entre os programas usados para gerenciar e-mails. Para desenvolver ambos, a Mozilla recorre a uma comunidade internacional formada espontaneamente por programadores voluntários de toda parte do mundo.

Seus softwares têm toda a codificação que os estrutura abertas a qualquer pessoa interessada em entender como o programa funciona, avaliar sua segurança, corrigir algum bug, melhorar funcionalidades. O código empregado pode ser copiado ou alterado sem a necessidade de pagamento de direitos autorais (para mais detalhes, leia a licença de uso assinada pela Mozilla). A ideia é que com a participação livre a qualquer pessoa, os níveis de segurança e de desenvolvimento tendem a melhorar progressivamente, além de garantir ao softwares a possibilidade de refletirem com mais exatidão o que a maioria dos usuários da web esperam de um navegador ou demais produtos.

Recentemente, a presidente da Mozilla anunciou a descontinuação do Thunderbird e disse que talvez deixem o desenvolvimento todo do programa na mão da “comunidade”.

“Há 10 anos, só havia o Internet Explorer. Hoje, há dezenas de browsers e eles estão cada vez melhores”, disse Anderson, creditando boa parte dessa evolução ao fato de o Firefox ter entrado na disputa e ter continuado a implementar novos recursos. Como exemplo, citou o “Do Not Track” (que impede sites de rastrearem o usuário usando cookies), presente no Firefox. “Quando implementamos, a Microsoft disse que era uma má ideia. Hoje, o Internet Explorer também tem Do Not Track. Os browsers estão melhores, e isso se deve à competição. Não lutamos por fatias de mercado, mas para competir.”

Resistência. O executivo da Mozilla comentou a tática de outras empresas como Google, Apple, Amazon e Microsoft de fechar produtos e serviços, tornando seus usuários “aprisionados em seus mundinhos”. Elas são donas de aparelhos, sistemas operacionais, loja de apps e músicas, serviços de armazenamento na nuvem, buscadores, serviço de e-mail, etc.

“É o que chamei de pacotes integrados. Eles têm tudo, brigam por muitas coisas. E o usuário está no meio de tudo isso. Nosso papel é o de resistir a coisas, que, como essas, possam prejudicar a web como ela deve ser”, disse. “Reconheço a experiência que a Apple proporciona, e a do Google também – eu uso um Android, inclusive – mas eu ainda prefiro que os sistemas sejam abertos.

Firefox OS. Harvey Anderson comentou também a chegada ao mercado do sistema operacional móvel da Mozilla, que terá sua estreia no Brasil. O Firefox OS é uma evolução do projeto Boot to Gecko, baseado em HTML5, criado para ir além do produtos atuais disponíveis no mercado como Android, iOS, Windows e suas limitações.

“A ideia é fazer no mercado mobile o mesmo que fizemos com os browsers”, afirmou.

“O Firefox é um reflexo dos nossos valores, daquilo que acreditamos. Hoje, a internet é móvel e nós queremos estar onde as pessoas estão.”

Anderson aposta que após a chegada do novo produto da organização, o mercado mobile sofrerá mudanças. Para melhor. “Nosso sucesso é medido por ideias, e não pelos nosso produtos. Na verdade, nosso sucesso é quando os outros nos seguem e a internet é um trabalho em progresso.”

O Fórum Internacional de Software Livre vai até sábado, 28, com palestras ocorrendo das 10h às 19h, diariamente. Para mais detalhes, acesse o site oficial e continue acompanhando as notícias pelo Link.

—-

Leia mais:

• Fórum de Software Livre começa nesta quarta

• ‘Privacidade será o tema mais importante’

Mais lidas

  • 1.Google Assistant agora faz tradução simultânea em celulares
  • 2.Xbox Series X: conheça o novo videogame da Microsoft
  • 3.Acredite se quiser: irmão de Pablo Escobar promete celular dobrável por US$ 350
  • 4.Uber, 99 ou Cabify: qual é o melhor aplicativo de transporte para passageiros
  • 5.O que está por trás da inteligência artificial de crédito do Nubank
  • Portal do Assinante
  • Fale conosco
  • assine o estadão
  • anuncie no estadão
  • classificados
  •  
  •  
  •  
  •  
  • grupo estado |
  • copyright © 2007-2019|
  • todos os direitos reservados. Termos de uso

compartilhe

  • Facebook
  • Twitter
  • Linkedin
  • WhatsApp
  • E-mail

Link permanente