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Rede social sem anúncios sairá do papel

Criador da App.net critica 'monocultura sustentada por publicidade' e alcança US$ 760 mil em doações

Por Tatiana Mello Dias
Atualização:

Criador da App.net critica ‘monocultura sustentada por publicidade’ e alcança US$ 760 mil em doações

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SÃO PAULO – A rede social livre de anúncios vai sair do papel. Dalton Caldwell apostou alto ao pedir US$ 500 mil em doações no Kickstarter para viabilizar o desenvolvimento da App.net, uma rede social totalmente livre de propagandas. E conseguiu: hoje o valor alcançado via crowdfunding já chega a US$ 760 mil.

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App.net é uma resposta à comercialização da API do Twitter e do que Caldwell chama de “monocultura sustentada por publicidade”. Seu funcionamento deverá ser parecido com a ferramenta de microblogs. Caldwell é um desenvolvedor escolado – foi um dos criadores do SoundFourge, promeiro repositório de códigos online, e ao picplz, ferramenta de compartilhamento de fotos via celular. E reconheceu que criar uma rede social e, com ela, um novo modelo de negócios custeado por doações seria um passo talvez grande demais.

 Foto: Estadão

Pensando como o Twitter funcionava no começo – e criticando o fato do Twitter liberar sua API para aplicações de terceiros – ele resolveu criar sua própria rede, a App.net. E não é só uma nova rede, mas um modelo de negócios totalmente novo na área de redes sociais: ela seria sustentada por assinaturas, em vez de anúncios (e a consequente invasão de privacidade e fornecimento de dados às empresas de publicidade). Neste pontapé inicial, a App.net conseguiu mais de 10 mil apoiadores.

Quase oito mil doaram US$ 50, garantindo um ano de assinatura; 2 mil doaram US$ 100 e conseguiram o acesso às ferramentas de desenvolvimento; e 60 doaram US$ 1 mil – os investidores.

“Como consumidores, nos são dadas as opções de Facebook, Twitter e Google Plus, além de algumas startups. Todos eles estão no mesmo negócio: vender seus cliques a anunciantes.” E ele se pergunta: “Será que é possível pagar por uma rede social sem anúncios em que o produto é algo pelo qual você paga, e não você mesmo?”, escreveu Caldwell no post em seu blog que apresenta o projeto.

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