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Relatório analisa pedidos de informação ao Google

Entidades divulgam documento que analisa os dados sobre pedidos de informação ao Google feitos por diversos países

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Por Anna Carolina Papp
Atualização:

Entidades divulgam documento que analisa os dados sobre pedidos de informação ao Google feitos por diversos países

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SÃO PAULO – No final de janeiro, o Google divulgou mais uma edição de seu semestral relatório de transparência, que mostra a quantidade de pedidos de dados de usuários feitos por governos e solicitações de empresas para a retirada de links do ar. Uma atualização no início de março divulgou pela primeira vez informações genéricas sobre pedidos de dados por parte do FBI.

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A fim de comparar e analisar os dados divulgados pela empresa desde 2009, a Eletronic Frontier Foundation (EFF) e a Share Defense, instituições que lutam pela liberdade da internet e acompanham questões de vigilância online, elaboraram gráficos a fim de captar as tendências relacionadas à solicitação de dados e às respostas por parte do Google ao longo dos últimos anos.

“Como parte de nossa missão de lançar luz no sigilo em torno de vigilância do Estado, a EFF e a Share Defense criaram três diferentes gráficos que destacam as tendências da crescente demanda dos Estados pelos dados do usuário”, afirmaram Katitza Rodriguez, da EFF, e Olivia Solis, da Share Defense.

Os gráficos analisam de que forma o número de solicitações de dados  de usuários têm crescido e quais países representam as maiores proporções nessa demanda. “Agradecemos ao Google por coletar esses dados e publicar esses relatórios, que oferecem um retrato valioso da sede internacional por informações privadas do usuário. Estamos muitos felizes pelo fato de outras empresas estarem avançando em relatórios similares ou considerando fazê-lo”, escreveram as representantes das instituições.

1. Quais países têm solicitado dados de usuários ao Google?

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Desde que o relatório foi lançado, o número de usuários do Google, assim como o número de pedidos de dados, cresceu quase 100% na Europa, mais de 200% na Ásia e mais de 100% na América do Norte. Na América Latina, houve diminuição de 60%.

Pedidos de governos dos Estados Unidos, Reino Unido, Itália, Índia, Alemanha, França e Austrália aumentaram nos últimos relatórios. As solicitações do Brasil cresceram ao longo dos anos, mas apresentaram uma leve queda no último relatório de 2012.

2. Como o Google responde aos pedidos de cada país?

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O segundo gráfico, de julho de 2010 a dezembro de 2012, mostra a quantidade total de pedidos de dados por país, indicando quantos foram atendidos e quantos foram rejeitados.

A América do Norte, que faz o maior número de pedidos, também é a região que mais tem suas solicitações de dados atendidas pelo Google: cerca de 90%. A Europa tem o segundo maior número de solicitações; no entanto, o Google só cedeu dados em 50% delas.Já países como Hungria, Turquia, Rússia e Irlanda, que enviaram centenas de solicitações, obtiveram quase nenhuma resposta por parte do Google – a taxa de retorno foi de 0% para Hungria e Turquia, 1% para Rússia e 2% para Irlanda.

3. Proporcionalmente, quais países pedem mais dados?

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O terceiro gráfico aponta a relação entre as contas alvo de pedidos de dados e o número de usuários de internet de cada país.

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Portugal, Hong Kong e Cingapura são podem ser países pequenos, mas apresentam um grande ‘apetite’ por dados do Google, superando em proporção uma série de outros países europeus, por exemplo.

Já a Índia fica em segundo lugar no ranking do número total de pedidos ao Google; no entanto é um país grande e com muitos usuários de internet; logo, sua fatia proporcional é menor.

—-Leia mais:Google divulga novo relatório de transparência • Google divulga pedidos de dados pelo FBI• Remoção sem volta 

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