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RIAA declara: 'O DRM morreu'

Deu no Torrent Freaks. Em entrevista para o site Digital Music News, Jonathan Lamy, porta-voz da RIAA,a entidade que representa as gravadoras e luta pela defesa dos direitos autoriais nos EUA, disse que o DRM está morto.

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Por Redação
Atualização:

Essa é uma afirmação de peso, pois até então tudo o que a RIAA fez foi insistir em esquemas furados de autenticação digital. Ao admitir que o DRM é dispensável, a RIAA dá um passo importante na direção da coexistência pacífica com os consumidores.

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O mais interessante é que Mitch Bainwol, o CEO da RIAA, há dois anos, defendia que o DRM era uma ferramenta de proteção ao consumidor. Por pura pressão da RIAA, as grandes gravadoras implementaram o uso de DRM.

Vale lembrar que a RIAA é a entidade que processa provedores e usuários por causa de downloads ilegais. É o braço forte das gravadoras. E esse braço, nos últimos tempos, tem sido usado para esmagar bodes expiatórios em nome do direito autoral.

O problema é que o consumidor, gente que paga legitimamente pelas músicas, tem feito pressão contrária pela derrubada do sistema de proteção digital que impossibilita cópias, torna os arquivos de música às vezes incompatíveis com outros dispositivos de reprodução e, em alguns casos, traz vírus e softwares espiões embutidos.

Por conta disso, a Apple anunciou que suas músicas não terão mais o esquema de proteção embutido, à pedido dos consumidores. E faz certo. Nunca foi provado que o DRM efetivamente barra o download ilegal. A única coisa que o sistema faz é irritar quem paga pelo download.

Ultimamente, o DRM tem sido alvo de inúmeras críticas. A Electronic Arts, ao lançar Spore com um esquema de DRM complicado, viu o volume de cópias piratas aumentar exponencialmente. Muita gente que havia comprado o jogo original, injuriada pela complicação em rodar o game por causa do DRM, decidiu abandonar sua cópia e apelou para os downloads piratas.

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