Sistema Android é principal alvo de cibercriminosos

Sistema operacional do Google concentra quase 80% das ameaças criadas especialmente para dispositivos móveis

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Por Redação Link
Atualização:

Sistema operacional do Google concentra quase 80% das ameaças criadas especialmente para dispositivos móveis

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Camilo Rocha Ligia Aguilhar 

SÃO PAULO – Sistema operacional móvel mais usado no mundo, o Android é o principal alvo de vírus do mercado. Em 2012, o sistema do Google concentrou 79% das ameaças digitais criadas para dispositivos móveis, segundo pesquisa da finlandesa F-Secure. Na sequência estaria o Symbian, da Nokia, que foi descontinuado, com 19%, seguido pelo iOS, da Apple, com 0,7%.

Além de ser a plataforma mais usada no mundo, com cerca de 70% do mercado – o equivalente a sete em casa dez smartphones –, o Android é um sistema aberto, o que aumenta os riscos. “Sistemas como Windows Phone e Blackberry OS são fechados e possuem poucos vírus. Já o usuário de Android não pode se dar ao luxo de não usar antivírus”, afirma Fábio Assolini, da Kaspersky.

A estudante Alana Monteiro Leal redobrou os cuidados com seu Android após ter enfrentado problemas no smartphone mesmo tendo instalado aplicativos direto da loja oficial Google Play. “Eram aplicativos pouco conhecidos. Depois da instalação, as pastas do meu telefone começaram a se multiplicar sozinhas, especialmente as de música. Quando fui tentar apagar algumas, sumiram todas e eu perdi todo o conteúdo”, diz. A solução foi restaurar o sistema. “Hoje me policio mais. Muitos aplicativos vêm com spam e propagandas que deixam o celular lento e ocupam espaço absurdo na memória do telefone”, diz.

Sem exceções. O doutor em segurança da informação e diretor executivo da empresa de segurança Procela, Paulo Pagliusi, diz que vírus e malwares não são mais privilégio de um único sistema operacional. “Todos estão sendo cada vez mais visados, com ataques concentrados no Android e nos dispositivos móveis Mac, da Apple”, diz.

Segundo ele, até 2012, havia o mito da “imunidade a vírus” no sistema iOS. “Este mito se desfez quando surgiu naquele ano o cavalo de Tróia Flashback, que se disfarça como um plugin do Adobe Flash”, diz. “Foi um pesadelo para os devotos dos dispositivos móveis da Apple, pois este cavalo de Tróia conseguiu roubar milhares de nomes de usuários e senhas.” Um estudo da empresa SourceFire apontou, no ano passado, que o iOS acumulou um número maior de vulnerabilidades do que todos os seus concorrentes juntos nos últimos anos – 81%, contra 6% do Android. Mas o mesmo estudo destaca que a utilização do iTunes e as regras da Apple para apps em sua loja virtual acabam ajudando a proteger usuários e a reduzir casos de malware.

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