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Smartphones vão à guerra

Celulares inteligentes podem se tornar novo acessório militar

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Por Redação
Atualização:

Os celulares inteligentes podem se tornar a próxima arma no arsenal de batalha dos Estados Unidos, à medida que as companhias do setor de defesa tentam aproveitar o uso rapidamente crescente de sofisticados aplicativos móveis.

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A Raytheon, que produz o sistema de mísseis antiaéreos Patriot, está desenvolvendo um software que permitirá a um soldado localizar inimigos em suas imediações usando um celular equipado com o sistema operacional Google Android.

O software terá capacidade suficiente para receber imagens aéreas de um satélite ou avião não tripulado, e em seguida se concentrar em detalhes como placas de automóveis ou traços faciais de uma pessoa.

“Estamos tentando tirar vantagem da tecnologia dos celulares inteligentes e adaptá-la à necessidade dos soldados no campo de batalha”, disse Mark Bigham, vice-presidente de soluções de defesa e missões civis na Raytheon, em entrevista à Reuters.

Até o momento, a Raytheon já adicionou seu software a aparelhos produzidos por Motorola e HTC. O Google vem colaborando para que a empresa ganhe acesso e compreenda sua plataforma Android, que concorre agressivamente com a plataforma iOS, criada pela Apple para o iPhone.

“O Google nos ajudou a expandir os limites do celular”, disse Bigham, acrescentando que a gigante da Internet norte-americana deve se beneficiar financeiramente assim que o Raytheon Android Tactical System (RATS) chegar ao mercado de defesa.

O exército dos Estados Unidos é um possível comprador do software e algumas equipes das forças especiais norte-americanas testaram o produto e assessoram a Raytheon, segundo Bigham, que acrescentou que as forças armadas indianas também poderiam ser um grande mercado para a companhia.

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Os celulares, dotados de telas sensíveis a toque coloridas, custariam cerca de 500 dólares, o que se equipara aos modelos desbloqueados de celulares inteligentes, mas a Raytheon responderia pelo software de cifragem e pelo sistema de comunicação necessários ao funcionamento do aplicativo em áreas remotas e onde não exista sinal celular.

O software também permitirá aos soldados interagirem entre si como contatos de um comunicador de mensagens instantâneas. Com isso, eles poderão acompanhar os movimentos de colegas no campo de batalha e identificar potenciais inimigos.

Bigham afirmou que um software de reconhecimento de identidade será instalado nos aparelhos, permitindo que somente usuários selecionados previamente os utilizem. O sistema GPS também permitirá que os militares acompanhem cada aparelho durante as missões.

/GOLNAR MOTEVALLI (REUTERS)

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