App de mensagens efêmeras pediu desculpas por falha que expôs nomes e telefones celulares de milhões de usuários há 8 dias
SÃO PAULO – A equipe do aplicativo Snapchat se desculpou “formalmente” com seus usuários nesta quinta, 9, pela falha de segurança que expôs nomes de 4,6 milhões de usuários e seus respectivos números de telefones celulares. Em um post, a empresa pede desculpas “por qualquer problema que essa questão tenha causado”. “Agradecemos muito sua paciência e apoio”, dizem.
A brecha já havia sido indicada à startup em agosto do ano passado por especialista em segurança identificado como “Gibson”. O Snapchat se pronunciou apenas no final de dezembro confirmando o erro e criou um e-mail específico para receber alertas de eventuais brechas de segurança.
Os nomes de usuários foram publicados no dia primeiro deste ano na página SnapchatDB. Segundo a Forbes, a equipe por trás do ataque – aparentemente, trata-se de um grupo de estudantes australianos sem formação específica na área – teria agido para “conscientizar o público sobre o assunto, e também colocar pressão no Snapchat para que corrija esta falha”.
“É compreensível que startups de tecnologia tenham recursos limitados mas segurança e privacidade não deveriam ser uma preocupação secundária. Segurança importa tanto quanto a experiência do usuário”, teriam dito por e-mail ao TechCrunch.
O Snapchat afirma ter implementado melhorias na segurança do app na atualização mais recentemente disponível para Android e iOS. A função Find Friends (Encontre Amigos), que já deixava opcional a inserção dos números de telefones celulares, agora exige que os usuários verifiquem o número pelo celular. O texto no blog não específica quais melhorias técnicas foram feitas.
O Snapchat é um aplicativo de troca de mensagens, fotos e vídeos efêmeros, que desaparecem segundos após a sua publicação. Após os escândalos de espionagem e de vazamento de imagens íntimas por apps como o Whatsapp, o Snapchat ganhou popularidade e prestígio por seu caráter mais reservado. Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, fez até uma proposta de compra aos fundadores do Snapchat de US$ 3 bilhões, mas foi recusada. Ele não curtiu.