Software de bolso

Planos de dados mais baratos, jogos sociais e smartphones vendendo com água: 2010 foi o ano dos apps

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Por Redação
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Às vezes, o que separa você de uma tecnologias novas é apenas o conjunto de nomes pelo qual ela é conhecidas. Nem todo mundo sabe o que são os tais “aplicativos” – ou “apps” –, que você ouve dizer que estão disponíveis para iPhone ou Android, mas é bem provável que quase todos entendam o que são softwares. Bem, aplicativos são softwares que fazem do seu celular um computador de bolso e que ajudam redes sociais a abrigarem jogos que, antes, nem desktops potentes conseguiam rodar.

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E 2010 foi o ano deles. Principalmente porque as pessoas estão trocando seus celulares por modelos mais modernos, que permitem a instalação dos apps – os smartphones. Segundo a consultoria norte-americana ABI Research, até o fim do ano a venda deles crescerá 21% no mundo todo. Serão mais de 224 milhões novos telefones.

Eles não passam de softwares que podem ser instalados no sistema operacional dos smartphones ou usados dentro de redes sociais, caso dos joguinhos e testes para Facebook e Orkut. Blackberrys, celulares com Windows Mobile ou Nokias com o sistema Symbiam também têm uma série de opções deles para download, gratuitos ou pagos. Editores de texto, gerenciadores de e-mails, um afinador de instrumentos musicais, programa que identifica a música que está tocando – é só baixá-los (e pagar, caso o app não seja gratuito) para que seu smartphone se transforme em quase qualquer coisa.

Serviços populares como o Twitter e o Facebook logo descobriram que poderiam lucrar com isso. Bastava que abrissem os seus sites para que qualquer desenvolvedor interessado usasse os seus recursos para construir aplicativos interessantes, que atrairiam novos usuários e os prenderia por muito tempo dentro de suas plataformas. Liberando as APIs – o conjunto de regras que ensina o desenvolvedor a programar um aplicativo compatível com determinada tecnologia –, eles permitem que terceiros criem sistemas que se aproveitam das características que eles já disponibilizam. Se você já ouviu falar de jogos como FarmVille ou Colheita Feliz, sabe que a estratégia é um sucesso.

Planos de dados mais baratos também ajudaram bastante. Um estudo do banco de investimentos Morgan Stanley projeta que dentro de apenas cinco anos o número de acessos à internet pelo celular será maior do que os feitos por desktops ou laptops.

Com mais aparelhos cuja capacidade de processamento e memória se aproxima dos computadores domésticos, cria-se um mercado farto para softwares – que tendem a se tornar cada vez mais sofisticados. A Apple e o Google, que forneceram modelos de negócios viáveis através de suas App Store e Android Market, respectivamente, saem na frente com centenas de milhares de programas disponíveis para os usuários. A Nokia, a Microsoft e a RIM, fabricante do Blackberry, enfrentam justamente o desafio de implantar lojas tão fáceis e com opções tão diversas.

O estudante de administração Bruno Alves, de 19 anos, passou de um celular “podrinho” (como ele mesmo definiu) para um iPhone 3GS há uma semana. “Queria levar minhas músicas comigo e acessar redes sociais”, explica. Mesmo sem entender muito de apps, equipou o aparelho com um monte deles – a maioria gratuitos –, em apenas quatro dias.

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O professor Ismael Oliveira de Miranda, que em 2010 comprou um Sony Xperia X10 mini, que roda Android, diz que seus hábitos mudaram. “Passei a usar cada vez menos o computador. Ele ficou limitado ao trabalho”, diz ele, que não teve dificuldades para se adaptar ao Android Market. E se você ainda não baixou nenhum aplicativo para seu celular, é apenas questão de tempo.

—- Leia mais:Seu telefone pode virar qualquer coisa • Personal Nerd: Aplicativos de celularA construção de um mercado milionárioJogo social para gamerLink no papel – 13/12/2010

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