Sony pode deixar negócios de TVs e celulares

Empresa vai focar investimentos em negócios de entretenimento e videogames

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Por Agências
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TÓQUIO- A Sony tem como meta elevar o lucro operacional em 25 vezes dentro de três anos através do crescimento das unidades de sensores de câmeras e de PlayStation, disse o presidente-executivo da companhia, Kazuo Hirai, detalhando uma estratégia que pode levar a empresa a deixar os disputados negócios de TVs e smartphones.

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Hirai disse que a empresa japonesa de eletrônicos para consumidores não vai mais perseguir crescimento de vendas em áreas como de smartphones, na qual tem sofrido concorrência de rivais asiáticas mais baratas e também de líderes da indústria como a Apple e a Samsung.

A Sony, em vez disso, irá focar seus investimentos em negócios mais lucrativos como sensores de câmeras, videogames e entretenimento, conforme busca voltar a crescer após projetar para este ano fiscal o sexto prejuízo líquido em sete anos.

“A estratégia a partir do próximo ano fiscal será sobre gerar lucro e investir para crescer”, disse Hirai em coletiva, acrescentando que as unidades da Sony receberão mais autonomia para tomar suas próprias decisões de negócio.

Questionado sobre as unidades de TV e celulares, Hirai disse que não “descartará pensar sobre uma estratégia de saída”, a mais clara declaração da Sony até agora sobre a possibilidade de vender ou encontrar parceiros para estas unidades em dificuldades.

A Sony está passando por uma reestruturação que até agora viu a empresa vender sua divisão de computadores pessoais e realizar a cisão de seu negócio de TVs. A companhia também cortou milhares de empregos.

Hirai também disse que a Sony busca registrar um lucro operacional de ao menos 500 bilhões de ienes ( US$ 4,2 bilhões) para 2017/18, um salto ante os 20 bilhões de ienes para o ano fiscal encerrado em 31 de março.

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Óculos

A nova estratégia foi anunciada ao mesmo tempo em que a companhia lançou um protótipo de óculos inteligentes, os “SmartEyeglass”, que começarão a ser comercializados em março, pouco depois de o Google anunciar a retirada dos seus óculos inteligente, Google Glass, do mercado.

A primeira versão destes óculos a ser comercializada pela Sony está especificamente destinada a desenvolvedores de aplicativos, e já pode ser encomendado nos Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha por 100 mil ienes (cerca de US$ 840).

A partir do 10 de março, também sairá à venda para empresas tecnológicas de Espanha, França, Itália, Bélgica, Holanda e Suécia.

Os “SmartEyeglass” poderão se conectar com smartphones compatíveis e permitirão visualizar informação como texto, símbolos e imagens.

A Sony também distribuirá um pacote de software para fomentar o desenvolvimento de aplicativos específicos para o dispositivo, com o objetivo de comercializá-lo em 2016 para clientes particulares e para uso profissional.

REUTERS /EFE

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