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Sony vira alvo de processos

Usuários que tiveram seus dados expostos agora processam a empresa atrás de indenizações

Por Agências
Atualização:
 

O recente ataque de hackers à Sony e outras violações na integridade dos dados dos clientes da empresa estão atraindo advogados especializados em processos coletivos e ansiosos por receber grandes indenizações, mas acordos de alto valor podem ser difíceis de obter.

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Pelo menos 25 processos foram abertos contra a Sony junto à Justiça federal norte-americana pelo roubo de dados de usuários da PlayStation Network, de acordo com o banco de dados judiciais Westlaw, da Thomson Reuters.

Os processos acusam a Sony de negligência e violação de contratos por permitir que dados pessoais de mais de 100 milhões de usuários de serviços online de videogames fossem comprometidos e roubados.

O desafio para os advogados dos queixosos, em casos de violação de segurança, não está em provar a responsabilidade judicial da empresa, mas sim em estabelecer o valor dos danos, de acordo com dados envolvidos nesse tipo de litígio.

A Sony foi criticada por não informar tão rápido quanto deveria sobre o comprometimento de dados pessoais de clientes, no mês passado. A fabricante de bens eletrônicos de consumo informou que era possível que os invasores de seu sistema tivessem obtido 12,3 milhões de números de cartão de crédito.

“Caso a Sony tivesse protegido devidamente seu banco de dados, por meio de métodos de cifragem conhecidos e amplamente disponíveis, mesmo que um hacker conseguisse invadir a rede, teria capacidade limitada de infligir danos”, afirma um dos processos.

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Um representante da Sony se recusou a comentar. A companhia pediu desculpas a seus clientes.

Os juízes estão apenas começando a determinar se a revelação de informações de identificação pessoal representa perda de valor, ou se os queixosos precisam provar que sofreram prejuízos devido ao ataque.

No mês passado, um juiz federal na Califórnia recusou encerrar um processo coletivo por violação de dados pessoais contra a RockYou, que desenvolve aplicativos para o Facebook e outros sites de redes sociais. Os queixosos alegam que forneceram informação de identificação pessoal à empresa em troca de produtos e serviços.

A juíza de primeira instância Phyllis Hamilton considerou que a alegação bastava para permitir o prosseguimento do processo, mas decidiu que este será encerrado caso os queixosos não provem que a violação de dados lhes causou danos tangíveis.

// Dan Levine (Reuters)

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