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Startup da semana: Emprego Ligado

Startup que divulga vagas de emprego por SMS conquistou aporte de quatro fundos, entre eles o 500 Startups

Por Ligia Aguilhar
Atualização:

Startup que divulga vagas de emprego por SMS conquistou aporte de fundos como 500 Startups, Initial Capital, Rising Venture e Fortify.vc

 

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SÃO PAULO – Formado em Engenharia de Produção pela Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, Jacob Rosenbloom faz parte da safra de empreendedores estrangeiros que chegou ao Brasil em maior número nos últimos dois anos,com currículos brilhantes e muita experiência prévia no mercado. O que o diferencia desse grupo é que Rosenbloomjá estava de olho no País bem antes dele se tornar a bola da vez. Por seis anos, ele morou, trabalhou e estudou no Brasil. A maior parte deles representando o banco americano Goldman Sachs, onde foi responsável por investimentos estruturados na América Latina. Ele também trabalhou na vizinha Colômbia, para a organização Endeavor.

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As experiências renderam a Rosenbloom um networking invejável e lhe deu segurança para se unir aos colegas de universidade Derek Fears e Nathan Dee mais o brasileiro Danilo Assis, para criar a Emprego Ligado, plataforma que divulga vagas de emprego via celular, por meio de SMS. Focada nas classes C, D e E, a empresa pretende atuar como uma rede social especializada em vagas operacionais para os segmentos de telemarketing, varejo, vendas, administrativo, transporte, construção, restaurante, limpeza, industrial e serviços gerais. A empresa conta com um time de doze pessoas, incluindo renomados executivos brasileiros dos mercados de Recursos Humanos, Telecomunicações e Tecnologia da Informação.

O modelo de negócio foi inspirado na empresa chinesa Daguu, que é líder no recrutamento de profissionais de nível básico, como trabalhadores do campo. O site tem mais de 3 milhões de usuários no país. A oportunidade de replicar o modelo no Brasil foiidentificada pelos empreendedores após estudarem o mercado latinoamericano. “O Derek foi analista de mercados de trabalho informaisdo Banco Mundial, em Washington, e nós dois temos mestrado sobre a América Latina. Percebemos que no Vale do Silício muitas empresas trabalhavam com gestão de pessoas e que em um mercado emergente como o Brasil, onde a base da população não tem acesso a internet facilmente, mas utiliza torpedo SMS diariamente, havia espaço para investir”, explica Rosenbloom.

Em setembro do ano passado, a Emprego Ligado conseguiu aporte de um dos fundos mais conceituados do Vale do Silício, o 500 startups, em conjunto com Initial Capital, Rising Venture e Fortify.vc, além de um grupo de investidores-anjos. “Eu já tinha feito muitas conexões no mercado e, na Colômbia, conheci pessoas que seriam futuros mentores”, conta.

Apesar de ter o networking a seu favor,Rosenbloom garante que para fazer os contatos para o primeiro aporte precisou trilhar um caminho comum entre os empreendedores: participar de eventos da área. Foi durante o BR New Tech, encontro mensal de tecnologia para trazer empreendedores de alto impacto e a cultura empreendedora do Vale do Silício para o Brasil, que entrou em contato com Bedy Yang, brasileira que é uma das fundadoras do evento e integrante do 500 startups.

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“A Bedy está sempre lá e não tem erro. Basta se aproximar dos investidores”, afirma. O 500 Startups foi o primeiro fundo a se interessar em investir na empresa, mas assim como fez com outros negócios onde aportou dinheiro, auxiliou os empreendedores da Emprego Ligado para entrar em contato com outros fundos efazer um investimento conjunto. “Os fundos reconhecem que um negócio feito na área de Recursos Humanos tem potencial, porque temos muitos exemplos de empresas nesta área no Brasil que hoje faturam bilhões de reais”, afirma Rosenbloom

O empreendedor diz ainda que um outro fator colaborou para a credibilidade da empresa. “Cada um dos fundadores da Emprego Ligado investiu R$ 150 mil para o negócio andar. O que mostra que somos super comprometidos com o negócio, que é o bebê de todo mundo”, explica.

O valor do aporte – que não é revelado – foi investido na área comercial, na aquisição de mais usuários, melhoria da plataforma e expansão dos desenvolvedores. Em seis meses, o site pulou de uma base de 30 mil usuários cadastrados para 130 mil. Desse total, 30% já participaram de processos seletivos por meio do site em empresas a uma raio médio de 5 km da casa do usuário. A meta é chegar a 1,5 milhão até o fim deste ano. Determinação para alcançar essas estatísticas não falta. “A gente era de Stanford, temos empreendedorismo na veia”, afirma o empreendedor.

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