Startup da semana: Meia Bandeirada

Startup cria programa de celular para que funcionários de uma mesma empresa compartilhem corridas de táxi

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Por Ligia Aguilhar
Atualização:

Startup cria programa de celular para que funcionários de uma mesma empresa compartilhem corridas de táxi

SÃO PAULO – Todas as vezes que o programador André Insardi pegava um táxi para ir a um compromisso de trabalho ele se questionava sobre o tamanho da despesa gerada por profissionais de centenas de empresas que estavam na mesma situação. O pensamento virou inspiração para o desenvolvimento de um código que pudesse reduzir o custo e se transformar em um negócio.

 
 

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Junto dos amigos Natanael Silva, Moisés Correia, Eduardo de Rezende Francisco e Eduardo Gomes, Insardi teve a ideia de criar um aplicativo de compartilhamento de táxis entre usuários comuns, que teria maior alcance e utilidade para diferentes públicos. Mas a preocupação com questões de segurança fez os empreendedores limitarem o projeto a um sistema de compartilhamento de táxis exclusivo para empresas.

Há um mês no mercado, o aplicativo Meia Bandeirada foi um dos cinco finalistas na eleição de melhor startup de B2B da América Latina no prêmio The Next Web Awards, organizado pela empresa The Next Web (TNW), responsável por uma das maiores conferências de empreendedorismo e tecnologia do mundo, que terá sua segunda edição no Brasil, em São Paulo, no fim de agosto.

No início do ano, o aplicativo, ainda em fase de testes, ganhou a competição Slumdog Beta durante a Campus Party, em São Paulo, que rendeu aos empreendedores uma viagem ao Reino Unido para participar de eventos a convite da Rede Britânica de Ciência e Inovação.

Quando um usuário solicita um táxi pelo Meia Bandeirada, o sistema faz uma varredura e traça rotas entre pontos de partida e de chegada, para unir itinerários de diferentes passageiros – no máximo três por carro – para dividir os custos de uma corrida de táxi corporativa.

Para ter o acesso ao aplicativo, o funcionário precisa ter um login e uma senha fornecidos por uma companhia parceria da startup. O algoritmo leva em consideração que o compartilhamento só é válido se representar uma economia de pelo menos 30% no preço final da corrida e a conta é enviada direto para as empresas.

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Até agora, dez companhias fecharam contrato para uso do sistema. A startup cobra uma taxa de R$ 1 por corrida, tanto da empresa quanto da cooperativa de táxi parceira. A estimativa é que assinantes do serviço consigam compartilhar de 10% a 15% das corridas, o que resulta em uma economia média de 20% nos gastos com táxi. “Fizemos uma simulação para um grande banco e descobrimos que essa economia representa R$ 7 milhões a menos de despesa da marca, que gasta R$ 35 milhões por ano só com táxis”, diz Eduardo Gomes.

A startup recebeu investimento-anjo (inicial) de valor não revelado de um grupo de investidores privados de Orlândia, no interior de São Paulo. Isso permitiu que três dos quatro sócios deixassem seus empregos para se dedicarem integralmente à startup. A meta da Meia Bandeirada é fechar o ano com 50 clientes ativos na Grande São Paulo e expandir para o Rio de Janeiro no ano que vem.

A startup também diz ter descoberto uma solução para garantir a segurança do compartilhamento de táxis entre usuários comuns. “Queremos lançar esse sistema no primeiro semestre do ano que vem porque queremos auxiliar as pessoas que estão vindo para a Copa do Mundo”, diz Gomes. O módulo de segurança, em fase de testes, é mantido em sigilo.

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