PUBLICIDADE

Street View pode ajudar a polícia?

Câmeras do serviço flagram homem andando com arma em punho por ruas de São Paulo

Por Tatiana Mello Dias
Atualização:

Desde que chegou ao Brasil, o Google Street View já captou imagens divertidas, inusitadas e chocantes – como  cadáveres nas ruas do Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Agora, outra imagem impressionante captada pelos carros foi divulgada: um homem andando pelo bairro do Jaraguá, em São Paulo, com uma arma nas mãos.

PUBLICIDADE

O homem pode ser visto em movimento cruzando uma esquina. Não é possível identificá-lo, já que o Google usa uma tecnologia que borra automaticamente os rostos das pessoas. A foto foi captada no final do ano passado.

Em nota, o Google disse que “as imagens usadas no serviço são cenas urbanas, captadas em vias públicas”. Para imagens ofensivas ou impróprias, há o mecanismo de “informar um problema” no canto inferior do mapa. “Os casos são direcionados a uma equipe de pessoas do Google Street View que os analisa e, se for o caso, toma as providências necessárias”.

As imagens ainda podem ser vistas no mapa.

Exibir mapa ampliado

“A polícia responsável pela localidade saberá se se trata de um morador que quis se vingar dum desafeto, traficante de drogas, policial a paisana”, opina o policial baiano Danillo Ferreira, que mantém um blog sobre segurança pública. “Levantando informações registradas no dia do fato (alguém pode ter ligado para a polícia para denunciar que há um homem armado na rua) é bem possível que se chegue ao criminoso. Ou, quem sabe, ele seja alguém já procurado, tendo sido indentificado seu paradeiro a partir de então”, diz.

Não se sabe ainda se a Polícia Militar de São Paulo já está investigando as imagens. Mas, no estado, algumas viaturas já são equipadas com câmeras e GPS – em um mecanismo que foi apelidado de “Street View do crime”.

Publicidade

Para Ferreira, “Street View é uma ferramenta fantástica que as polícias devem adotar para auxiliar a identificação de criminosos e produzir provas para o caso de crimes em flagrante cometidos em via pública”. “Daqui a algum tempo será impossível falar em policiamento sem monitoramento por câmeras”, sugere.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.