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?Temos muito espaço para crescer com o Xbox One ainda?

Responsável pelo console da Microsoft no Brasil diz que ano foi positivo com aumento do interesse pela nova geração

Por Redação Link
Atualização:

ENTREVISTA | Willen Puccinelli, gerente geral de Xbox na Microsoft Brasil

 

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Bruno CapelasMurilo Roncolato

Qual é o balanço deste um ano de Xbox One no Brasil? Tivemos um resultado ainda melhor do que o esperado. Tivemos que nos ajustar para atender a demanda pelo Xbox One no Brasil. O fato de estarmos entre os 13 principais países a receber o Xbox One em primeira mão mostra a importância que o País ganhou. Tem muita gente migrando para o Xbox One ou tendo nele seu primeiro videogame. Ou seja, temos muito espaço para crescer no Brasil.

O mercado de games no Brasil amadureceu? O Brasil está muito mais “gamer”. Mais uma vez, o mercado vai crescer dois dígitos no ano. Isso é bom, mas também mostra o quanto ainda temos para crescer. Hoje, game é uma das principais categorias de varejo nacional, e há vendas constantes no ano todo. Mas ainda há o que avançar.

A produção de Xbox é feita no Brasil pela Flextronics. Há interesse em ter uma fábrica própria? Para atender o mercado brasileiro, a produção local é fundamental. Há uma forte questão fiscal, que não é só do mercado de games, mas para nós os impostos são ainda maiores. Uma série de incentivos permitiu que a gente instalasse a produção em Manaus, mas não há nenhum movimento de curto prazo a esse respeito.

Por quanto tempo o Xbox 360 conviverá com o One por aqui? Nos próximos anos, há espaço para os dois. No Brasil, o Xbox 360 ainda é uma porta de entrada para quem nunca teve um videogame. Hoje, o Xbox 360 continua sendo a plataforma com mais valor no País, com games com preços competitivos e sendo vendido abaixo de R$ 1 mil. E ainda tem o Kinect. É difícil prever, mas certamente o 360 continuará forte por mais dois anos, no mínimo.

Sem o Kinect, o Xbox One vendeu melhor. Como garantir sua relevância? O Kinect faz parte da proposta da Microsoft para uma experiência completa em videogames. Existe incentivo para que as produtoras criarem coisas para ele, até para trazer experiências de uso diferentes nos jogos. Você está jogando Call of Duty, faz um movimento com a mão, lança uma granada, grita “Não morre!” e o cara ganha uma sobrevida. Se você está jogando Fifa, pode fazer uma substituição usando a voz. Isso tende a fazer cada vez mais parte da realidade do consumidor.

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A Microsoft deve apostar mais em desenvolvedores e games indies brasileiros? O programa ID@Xbox (que seleciona jogos de produtoras independentes para serem publicados para o Xbox) já está bem estruturado. Agora, vamos para uma fase de expansão e o Brasil está nessa reta para que novos jogos apareçam. O País está repleto de talentos nessa área e o acesso por um programa como esse é fundamental para elas tenham como distribuir suas criações. Não vai demorar para termos o primeiro brasileiro lançando seu game dentro da plataforma Xbox. Provavelmente teremos novidades em 2015.

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